terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Ciência do aquecimento global já completa 182 anos de alertas

Matemático e físico Fourier inaugurou campo de estudos em 1827.
Em 1896, Arrhenius 'responsabilizou' queima de combustível fóssil.


Os alertas de cientistas sobre o risco de aquecimento anormal do planeta não começaram com os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC , na sigla em inglês). Depois de publicar avaliações em 1990, 1995 e 2001, o painel lançou em 2007 o documento que se tornou o consenso científico sobre aquecimento , elaborado por nada menos que 1.200 cientistas independentes e 2.500 revisores.



Mas a investigação científica sobre esses processos climáticos começou há muito tempo. Precisamente 180 anos antes do 4º relatório do IPCC ser divulgado, o matemático e físico francês Jean Baptiste Fourier já havia calculado que a Terra seria muito mais fria se não existisse a atmosfera. Trinta e dois anos depois de Fourier, o irlandês John Tyndall descobriu, em 1859, que alguns gases, como dióxido de carbono e metano, aprisionam a radiação infravermelha, criando o efeito estufa. Em 1896, o químico sueco Svante Arrhenius (prêmio Nobel de química em 1903) apontou a queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) como produtora de dióxido de carbono (CO2) e calculou que a temperatura da Terra aumentaria 5°C com o dobro de CO2 na atmosfera.




As medições empíricas começaram para valer em 1958, quando o americano Charles David Keeling pôs em operação uma estação de medições de dióxido de carbono no alto do monte Mauna Loa, no Havaí (a 3,4 km do nível do mar), e detectou a elevação anual de CO2 atmosférico com o aumento do uso dos combustíveis fósseis no pós-guerra.

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