sexta-feira, 23 de maio de 2008

Por que jóias de prata escurecem quando usadas por algumas pessoas e não por outras?


Os gases e o suor fazem a prata escurecer


O problema está em alguns gases. A jóia escurece porque se forma sobre ela uma camada de sulfeto de prata, que tem cor escura. Ele aparece devido à reação da prata com compostos de enxofre existentes no ambiente, geralmente gases. Um desses compostos é o gás sulfídrico que aparece quando há algo em putrefação. O dióxido de enxofre, originado da queima da gasolina pelos carros, também provoca a reação.

"O suor é outra substância que ajuda a prata escurecer", explica o químico Atílio Vanin, da Universidade de São Paulo. Ele é composto basicamente de água e sais minerais dissolvidos. Os sais, principalmente cloreto de sódio, ajudam a superfície da jóia a se misturar com o gás sulfídrico ou com o dióxido de enxofre, facilitando a reação formadora da camada escura.

Poeira do deserto batizou o Mar Vermelho



O vento carrega partículas de minério de ferro das montanhas. Avermelhadas, elas tingem a água do mar.

Por que o Mar Vermelho recebeu esse nome?

O Mar Vermelho fica entre a Península Arábica e o nordeste da África, onde são comuns, principalmente no sul da Península de Israel, montanhas ricas em minério de ferro, que tem cor avermelhada. Como a região ao redor do mar é desértica, o vento desgasta as montanhas e carrega consigo partículas de poeira que se depositam no mar. "O material erodido torna a superfície da água ligeiramente vermelha", diz o oceanógrafo Luiz Roberto Tommasi, da Universidade de São Paulo. Esse fenômeno é comum nas costas em que o material é depositado com maior intensidade, enquanto nas partes interiores do mar sua água é azul.

Aditivo do combustível é um detergente


Qual a diferença entre gasolina aditivada e normal?

O aditivo não aumenta a potência da gasolina. Ele nada mais é do que um detergente. Quando o combustível comum circula por partes do motor como o carburador, as válvulas e o pistão, deixa resíduos, que são uma espécie de goma. Com o passar do tempo, o acúmulo de detritos torna difícil a mistura de gasolina com ar, que provoca a queima e gera energia para o motor funcionar. Com isso, diminui a eficiência do carro. A gasolina, e também o álcool aditivado, quando passam pelo motor, vão dissolvendo a goma, evitando o acúmulo de mais resíduo. A sujeira vai junto com o combustível e também é queimada.

"O problema do acúmulo de goma é maior em veículos à gasolina devido às substâncias que a formam. Mas nos carros a álcool também ocorre porque estes têm uma mistura de 7% de gasolina na sua composição", diz o engenheiro químico José Carlos Fazzole Ferreira, da Esso Brasileira de Petróleo.

O detergente misturado com os combustíveis é diferente do usado para lavar louça. O doméstico é uma substância que tem cargas elétricas negativas. O do aditivo tem cargas positivas, o que torna muito mais fácil sua dissolução na gasolina.

Arquimedes e a coroa do rei


Conta-se que Heron, rei da cidade grega Siracusa no século III a.C., mandou ao ourives da corte certa quantidade de ouro, para que ele lhe fizesse uma nova coroa. Quando recebeu a encomenda pronta, o rei desconfiou que parte do ouro fora substituída por prata, cujo valor já era bem menor naquela época.

Heron tinha grande respeito por um dos maiores matemáticos que o mundo conheceu, Arquimedes, que provavelmente nasceu em 287 a.C., pois consta que morreu em Siracusa, em 212 a.C., aos 75 anos, durante um saque da cidade feito por soldados romanos. Sobre essa batalha, aliás, há relatos de que, apesar da superioridade romana, Siracusa conseguiu resistir longamente graças ao uso de máquinas de guerra idealizadas por Arquimedes.

Bem, foi a esse sábio que o rei pediu para verificar sua desconfiança em relação ao ourives. Diz a história que Aquimedes descobriu como resolver o problema no banho. Ao submergir na banheira, pensando na tarefa que o rei lhe confiara, sentiu-se mais leve e deduziu o que ficou conhecido como o princípio de Arquimedes: "Quando um corpo é mergulhado na água ele perde, em peso, uma quantidade que corresponde ao peso do volume de água que foi deslocado pela imersão do corpo". Emocionado com a descoberta, Arquimedes teria saltado da banheira, saindo nu pelas ruas de Siracusa a gritar: "Eureka, eureka!", que significa "encontrei, encontrei!".

Vamos ver agora como a utilização desse princípio permitiu verificar que o ourives realmente estava embolsando parte do ouro do rei. Suponhamos que a coroa pesasse P gramas e que nela existissem A gramas de ouro e B gramas de prata. Isto é, P = A + B.

Agora imaginemos que A gramas de ouro pesem, dentro da água, a gramas e que uma coroa pesando P gramas, se fosse feita só de ouro, pesaria, dentro da água, A* gramas. Levando em conta que materiais homogêneos como o ouro e a prata têm, na água, um peso proporcional ao de fora, teremos:

a/A = A*/P ou a = AA*/P

O a que a porção de ouro da coroa pesa quando submersa dividido pelo A que a mesma porção pesa fora da água é igual ao quociente entre o A* que pesaria uma coroa inteiramente de ouro dentro da água e o P, que representa o peso da mesma coroa fora d'água.

É claro que se pode fazer as mesmas considerações para a porção B, de prata, da coroa e chegar a algo como b = BB* / P

Fumaça não tragada é mais perigosa



Como o cigarro afeta quem não fuma?

Que doenças ele pode causar?

A fumaça do cigarro é composta por cerca de 4 000 substâncias, e cinqüenta delas são comprovadamente cancerígenas. Algumas são mais perigosas (veja tabela abaixo). A fumaça se divide em dois tipos. "A primária é aquela aspirada pelo fumante (depois expirada) e a secundária resulta da queima direta do cigarro", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, da Escola Paulista de Medicina, especialista em consumo de álcool e drogas. A segunda, inalada pelo fumante passivo, é muito mais tóxica, porque não é filtrada e é mais fria do que a tragada. Ao tragar, o fumante "esquenta" a fumaça. Já os gases e partículas que formam a fumaça secundária, por sofrerem menos ação do calor, ficam preservados e atingem mais o pulmão. Isso não quer dizer que o fumante passivo corra mais riscos que o ativo, pois este respira os dois tipos de fumaça.

A quantidade de toxinas que atinge um fumante passivo depende do seu nível de exposição. Cada hora passada dentro de uma danceteria abarrotada de gente fumando eqüivalerá a um cigarro fumado. Em um ambiente onde trabalham dez funcionários e cinco fumam, no final do dia os não-fumantes terão em seus pulmões as toxinas equivalentes a cerca de três cigarros. Estudos realizados pela Agência de Proteção Ambiental Americana mostram que mulheres não fumantes casadas com fumantes tem 30% mais de chances de terem câncer de pulmão. Isso não quer dizer que, de cem, trinta desenvolverão a doença e sim que, se a possibilidade dela vir a ter câncer for de 3%, passará a ser 4%.

A fumaça produzida pela queima direta do cigarro é mais tóxica do que a aspirada durante a tragada, porque esta passa pelo filtro

O cigarro libera cerca de 4 000 substâncias. Cinqüenta delas são cancerígenas

O filtro barra a passagem de algumas toxinas mas não consegue evitar os danos ao organismo