quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Outdoor transforma ar do deserto em água potável no Peru

No Peru, um outdoor instalado estrategicamente em uma das estradas que circundam a capital Lima é capaz de transformar o ar do deserto em água potável e abastecer muitas casas da região. As informações são da NBC News. A campanha foi criada pela agência de publicidade Mayo DraftFCB para ajudar a Universidade de Engenharia e Tecnologia do país a conquistar novos alunos. Mas, como Lima está localizada no meio do deserto e acumula menos de 30 mm de chuva por ano, a proposta do outdoor que transforma o ar em água tem ajudado muitas pessoas. Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/curiosidades/Outdoor-transforma-ar-do-deserto-em-agua-potavel-no-Peru/#ixzz2M9558qSQ O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção. O outdoor armazena geradores que são responsáveis por captar a umidade do ar e enviá-la através de um sistema de osmose reversa (processo que separa um solvente de um soluto, lembra das aulas de química?) que irá gerar a água. O líquido produzido é tratado, filtrado e armazenado em galões localizados na base do outdoor, gerando aproximadamente 90 litros de água por dia e abastecendo as casas de centenas de famílias. Matéria completa: http://canaltech.com.br/noticia/curiosidades/Outdoor-transforma-ar-do-deserto-em-agua-potavel-no-Peru/#ixzz2M95yf9xK O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Poluição por nitrogênio no solo sobe 60% em 20 anos na China, diz estudo

O nitrogênio depositado no solo da China cresceu cerca de 60% em duas décadas, como consequência do uso de adubos agrícolas e de poluição emitida por indústrias, aponta um estudo publicado no site da renomada revista "Nature", nesta quarta-feira (20). De acordo com os cientistas, a deposição anual de nitrogênio no solo chinês subiu de 13,2 kg por 10 mil m², em 1980, para 21,1 kg por 10 mil m² em 2000. O nitrogênio depositado provém na maior parte de emissões na atmosfera, que cresceram muito com a atividade industrial crescente da China, apontam os pesquisadores. O estudo foi elaborado por cientistas da Universidade Stanford, nos EUA, da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, da Universidade Vrije de Amsterdã, na Holanda, e da Universidade de Agricultura da China, entre outras instituições. A presença excessiva de nitrogênio tem consequências nocivas para o ambiente e a saúde das pessoas. Em níveis elevados, a substância pode causar acidificação do solo, reduzir o crescimento das plantas, levar à perda de biodiversidade e poluir águas de rios e lagos. "O rápido crescimento econômico da China levou a altos níveis de emissão de nitrogênio ao longo das últimas décadas", disse o pesquisador Zhang Fusuo, co-autor do estudo. "A China e outras economias estão enfrentando um desafio contínuo de reduzir as emissões de nitrogênio, a deposição de nitrogênio, e seus efeitos negativos", afirma o texto da pesquisa publicada pela "Nature". O crescimento anual de deposição foi de 0,41 kg de nitrogênio para cada 10 mil m² de solo desde 1980 até 2010, segundo os pesquisadores. "Informações sobre a magnitude, o alcance e as consequências reais [da poluição por nitrogênio] ainda são desconhecidas", afirma o estudo dos cientistas.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Amazônia está mais resistente a mudanças climáticas, aponta estudo

Estimulo ao crescimento propiciado por CO2 supera efeitos nocivos. Pesquisa foi publicada na revista 'Nature' na quarta-feira.
A floresta amazônica não é tão vulnerável como se acreditava ao aquecimento global, porque o dióxido de carbono (CO2) também funciona como fertilizante, aponta estudo publicado na revista “Nature” na quarta-feira (6). De acordo com os pesquisadores, o estímulo ao crescimento propiciado pelo CO2 provavelmente irá superar os efeitos nocivos da mudança climática previstos para este século. "Não estou mais tão preocupado com uma extinção catastrófica por causa da mudança climática provocada pelo CO2. Nesse sentido, é uma boa notícia", disse o autor Peter Cox, da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Cox também havia sido o autor principal de um estudo que teve grande repercussão em 2000, prevendo que a Amazônia poderia secar a partir de 2050 e morrer por causa do aquecimento. Outros sugeriram que as queimadas poderiam transformar a selva em cerrado. “Felizmente, a liberação de carbono no ambiente é balançeada pelos efeitos positivos da fertilização pelo CO2, que vai superar o efeito negativo sobre a mudança climática, de modo que as florestas globais devem continuar a acumular carbono ao longo do século 21", disse Cox. As plantas absorvem dióxido de carbono da atmosfera e o usam como ingrediente para desenvolver folhas, galhos e raízes. O carbono armazenado é devolvido à atmosfera quando a planta queima ou apodrece. Um recuo da cobertura florestal amazônica, com a consequente liberação de uma vasta quantidade de carbono, poderia portanto agravar o aquecimento global, um fenômeno que pode provocar mais inundações, tempestades violentas e elevação do nível dos mares, por causa do degelo nas calotas polares. Variação de CO2 Os cientistas disseram que o estudo foi importante porque usou modelos comparativos do crescimento florestal em relação às variações nos níveis de CO2 atmosférico. A equipe estudou como essas variações anuais na concentração de dióxido de carbono estão relacionadas às mudanças de longo prazo no montante de carbono armazenado nas florestas tropicais. Eles chegaram à conclusão de que os efeitos nocivos da mudança climática podem levar à liberação de 50 bilhões de carbono acumulados em terras tropicais, principalmente na Amazônia, a cada grau Celsius a mais na temperatura média do planeta. Porém, a fertilização pelo CO2 supera as perdas na maioria dos cenários, podendo chegar a um aumento líquido de até 319 bilhões de toneladas de carbono armazenado até o fim do século. Atualmente, estima-se que haja de 500 bilhões a 1 trilhão de toneladas de carbono armazenados nos trópicos. O estudo diz ainda que a mudança climática pode ser mais nociva para a Amazônia se outros gases do efeito estufa, como o ozônio e o metano, sem efeito fertilizante, assumirem um papel maior. Os pesquisadores, no entanto, estão certos de que as florestas tropicais vão sofrer com as alterações climáticas se o dióxido de carbono não fertilizar a vegetação tão fortemente como sugerem os modelos climáticos. "A saúde das florestas tropicais a longo prazo vai depender da sua capacidade de resistir às múltiplas pressões provocadas pelas mudanças climáticas e pelo desmatamento. Nossa pesquisa lança luz sobre o aquecimento, mas o desmatamento permanece sendo uma fonte significativa de pressão para o ecossistema", afirmou o co-autor do estudo, Chris Jones. Para ler mais notícias do Globo Natureza, clique em g1.globo.com/natureza. Siga também o Globo Natureza no Twitter.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Arsênio é o elemento mais crítico para tecnologia moderna

Minerais tecnológicos Em tempos de preocupações com minerais de terras raras e metais ameaçados de extinção, você se arriscaria a apostar no elemento mais crítico para a moderna tecnologia? Lítio, silício, germânio, platina são os mais conhecidos do público. Mas estará entre eles aquele cuja falta mais ameaçaria a aparentemente tão autossuficiente era da tecnologia? Definitivamente não, afirma uma eq uipe de pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos. E a resposta está no arsênio, o As da tabela periódica, com seu número atômico 33 e massa atômica 75 - um elemento altamente tóxico para o ser humano. Mas por quê? V. Ex.a, GaAs Nedal Nassar e seus colegas respondem que é por causa do papel crítico que o arsênio desempenha na fabricação dos processadores de computador, mais especificamente, da tecnologia dos semicondutores à base de arseneto de gálio - uma liga do arsênio com o gálio, ou GaAs. O grupo explica que os cinco finalistas nesse jogo das ameaças à tecnologia são ouro, prata, arsênio, selênio e telúrio, a maioria deles explorado como subprodutos da mineração do cobre. O cobre é bem tradicional, e é usado para transportar eletricidade. Mas o transporte de eletricidade com a precisão e a eficiência necessária aos circuitos eletrônicos integrados é feito pela prata e pelo ouro, como acontece nos contatos das memórias de computador. Os fabricantes de painéis solares, por sua vez, precisam de selênio e telúrio, enquanto, finalmente, os fabricantes de chips para computadores dependem muito do arsênio. O grupo salienta que, ainda que um problema de suprimento de qualquer um desses metais afete um grande número de indústrias de alta tecnologia, o arsênio é o mais crítico de todos.
Tente, por exemplo, voltar na cadeia produtiva, da mais alta tecnologia para a menos intensiva em tecnologia, retirando os computadores de qualquer atividade humana, e se poderá pesar adequadamente sua importância. Na verdade, o composto GaAs é importante também para a fabricação de raios laser, LEDs e diversos circuitos para transmissão de dados, além de alguns tipos de células solares. Criticalidade Não existe um padrão para avaliação do risco de suprimento de minerais e metais, que inclua a disponibilidade de reservas, fatores ambientais, fatores políticos, vulnerabilidades da cadeia de suprimentos etc. Por isso a equipe usou o critério da "criticalidade", um conceito que leva em conta o risco da escassez futura e dos potenciais danos à economia gerados por essa escassez. O arsênio teve a maior criticalidade, seguido de perto pela prata e pelo selênio. A equipe afirma que seu ranking é dinâmico, e terá que ser avaliado ao longo do tempo, certamente apresentando mudanças conforme variem tanto a oferta quanto a demanda, assim como o desenvolvimento de substitutos e a criação de tecnologias alternativas.

Geoengenharia pode destruir azul do céu

Céu branco Além dos efeitos não previstos, a ideia de injetar aerossóis na alta atmosfera da Terra para minimizar os efeitos do aquecimento global pode ter um efeito bem visível: destruir o azul do céu. Há mais críticos do que adeptos às propostas de manipular deliberadamente o clima terrestre, que é a proposta básica da geoengenharia. Recentemente, um experimento para testar a ideia de aspergir água do mar a uma altitude de 1 km na atmosfera, proposto por cientistas do Reino Unido, foi proibid o pelas autoridades. Vários cientistas já haviam alertado que a aspersão dos aerossóis poderia ter como efeito esbranquiçar o céu. Mas agora o efeito foi quantificado. Vermelho vence o azul Ben Kravitz e seus colegas da Instituição Carnegie para a Ciência, nos Estados Unidos, demonstraram que as partículas de sulfato que alguns propõem lançar no ar causariam um maior espalhamento da luz solar na atmosfera. Isto reduziria em cerca de 20% a quantidade de luz que viria diretamente para o solo, tornando o brilho do Sol mais difuso, mais "apagado", dando um tom esbranquiçado ao céu. O azul do céu vem da luz sendo refletida pelas moléculas no ar. Esse espalhamento da luz é muito mais forte para os comprimentos de onda mais curtos - na faixa do azul - do que nos comprimentos de onda mais longos - na faixa do vermelho. As partículas de aerossol que alguns cientistas planejam jogar na atmosfera, contudo, são muito maiores do que as moléculas do ar. Com isso, elas causariam uma difusão muito mais forte da luz vermelha, "lavando" o azul produzido pelas moléculas menores. Isto tornaria o céu mais brilhante e virtualmente branco. Segundo os pesquisadores, o efeito gerado seria similar ao que ocorre depois de grandes erupções vulcânicas. Efeitos imprevisíveis Os efeitos iriam além da simples aparência do céu, que ficaria de 3 a 5 vezes menos azul. Segundo os pesquisadores, os efeitos afetariam diretamente a geração de energia solar, uma vez que uma quantidade de luz muito menor chegaria até os painéis solares. Um outro estudo também já havia demonstrado que o "sombreamento" artificial da Terra pode desacelerar ciclo global da água. Mas as autoridades que proibiram os primeiros experimentos de geoengenharia, assim como os próprios cientistas que criticam essas propostas, baseiam-se sobretudo em que é virtualmente impossível calcular todos os efeitos gerados por uma manipulação do clima em escala planetária. "Esses resultados dão às pessoas uma coisa a mais para considerar antes de decidirem se nós realmente queremos seguir por esse caminho," disse Kravitz. "Embora nosso estudo não tenha tratado sobre os possíveis impactos psicológicos sobre essas mudanças no céu, eles também devem ser considerados." "Eu espero que nós nunca cheguemos ao ponto em que as pessoas considerem a necessidade de aspergir aerossóis no céu para combater o aquecimento global. Este é o tipo de estudo que eu não gostaria de ver comprovado na prática por uma camada estratosférica de aerossóis no mundo real," disse Ken Caldeira, coautor do estudo.

Nova Lei Seca: Mudanças endurecem fiscalização no trânsito

Problemas do trânsito
A presidente Dilma Rousseff (PT) sancionou em 20 de dezembro a lei que torna mais rígida a punição para motoristas que dirigem alcoolizados. A nova Lei Seca corrige uma brecha da anterior, permitindo que sejam utilizados outros meios, além do bafômetro, para comprovar a embriaguez ao volante. Direto ao ponto: Ficha-resumo Popularmente conhecida como “lei seca”, a Lei 11.705, que modifica o Código de Trânsito Brasileiro, foi aprovada em 19 de junho de 2008. Ela penaliza com multa, suspensão da carteira de habilitação e até detenção, motoristas que trafeguem sob o efeito do consumo de bebidas alcoólicas. Essa mudança na legislação fazia parte de um conjunto de medidas preventivas – como obrigatoriedade do uso de cinto de segurança em carros e de capacetes em motocicletas – adotado pelo governo para diminuir o número de vítimas de acidentes de trânsito no país. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de nações recordistas em acidentes, atrás da Índia, China, Estados Unidos e Rússia. O último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, em 2010, registrou 42,8 mil vítimas fatais no trânsito brasileiro. Entre os jovens, essa é a segunda maior causa de mortes, perdendo apenas para os homicídios. Os números correspondem a uma taxa de 22,4 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes, quase o dobro de países desenvolvidos. Porém, não há pesquisas abrangentes que apontem quantos desses casos envolveram acidentes provocados pela combinação de álcool e volante. Estima-se que podem chegar até a metade. Um estudo da Faculdade de Medicina da USP, realizado com base em dados de 2005, concluiu que 44% de motoristas mortos em acidentes no Estado de São Paulo haviam ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Bafômetros No primeiro mês de aplicação da Lei Seca, os bares registraram queda de movimento e a procura por serviços de táxi aumentou, de acordo com os sindicatos das categorias. Alguns bares passaram a oferecer serviços de “caronas” para os clientes. Mas isso não durou muito tempo. Logo, a lei perdeu seu impacto, em razão da precariedade na fiscalização. Quando entrou em vigor, há três anos, só havia 900 bafômetros no país, 500 deles pertencentes à Polícia Rodoviária Federal, que só fiscaliza estradas. Sobravam, então, apenas 400 aparelhos para atender mais de cinco mil cidades. O maior problema, no entanto, dizia respeito à própria legislação. Em março deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a punição de motoristas embriagados só poderia ser feita, de acordo com a lei, por meio de teste de bafômetro ou exame de sangue, para comprovar a dosagem de álcool igual ou superior ao permitido (dois decigramas por litro de sangue, o equivalente a um chope). A aplicação de multa ou detenção do motorista depende do nível de embriaguez. A partir de seis decigramas por litro de sangue (equivalente a dois chopes), a punição é acrescida de prisão, afiançável. Só que o condutor do veículo não era obrigado a fazer o teste, pois a Constituição diz que ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo. Assim, ele simplesmente se recusava a fazer o teste do bafômetro, restringindo as penalidades à aplicação de multa e apreensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por, em média, cinco dias. Multas Com a alteração, aprovada no Congresso, em caráter de urgência, qualquer outro meio pode ser usado para comprovar a embriaguez do motorista, incluindo o testemunho de policiais, fotos, vídeos e relatos de testemunhas e testes clínicos. Caso o condutor não concorde com o resultado da análise, considerando-a subjetiva, pode pedir o exame de sangue ou de bafômetro. Essas mudanças permitem, agora, que a lei seja aplicada em sua totalidade. As primeiras blitz foram realizadas nas festas de final de ano. Outra mudança foi o aumento nos valores das multas, que passam de R$ 957,70 para R$ 1.915, 40. Se o infrator for reincidente, em menos de um ano, a multa dobra, chegando a R$ 3.830,80, e a carteira de habilitação é suspensa pelo prazo de um ano. Já a detenção de seis meses a três anos permaneceu inalterada. Uma crítica a essas alterações na lei é justamente quanto ao teor subjetivo da constatação de embriaguez, que substitui o bafômetro. O motorista indiciado pode ser beneficiado na Justiça, por conta de diferentes interpretações de seu estado psicomotor ao ser detido. Ainda assim, a Lei Seca brasileira é considerada uma das mais rigorosas do mundo. Segundo um levantamento do International Center for Alcohol Policies (Icap), o Brasil está entre os 20 países com legislação mais severa, em uma lista com 82 nações pesquisadas. Na América Latina, somente a Colômbia, onde o limite de ingestão alcoólica é zero, é mais intolerante nesse aspecto. FIQUE LIGADO Por trás da aprovação da nova Lei Seca, há outras questões que vale a pena conhecer. Em primeiro lugar, o poder Legislativo, responsável pela elaboração das leis, bem como a organização da legislação brasileira. Em segundo lugar, uma distorção no exercício do poder de criar leis, com a criação de normas absurdas sob o ponto de vista prático. Não se deve perder de vista, porém, que o abuso de álcool no volante não é o único problema do trânsito brasileiro. Poder Legislativo Legislação Leis absurdas