quarta-feira, 30 de abril de 2008

Calibragem de pneus


Calibragem de pneus


Oxigênio ou nitrogênio: eis a questão.

Manter a pressão adequada nos pneus de seu carro ajuda na dirigibilidade, diminui o desgaste e não força a suspensão. Um cuidado que se deve ter é utilizar a pressão indicada pelo fabricante para cada tipo de carga, indicada em uma plaqueta normalmente colocada no batente da porta do motorista, e não confiar cegamente nos na medição indicada nos calibradores do posto de gasolina.

Você lê isto, percebe que não calibra os pneus há algum tempo e resolve ir ao posto. Chega lá e se depara com dois locais para calibrar: um deles indicando "ar", gratuito; outro indicando "N2", provavelmente pago. E agora?

Vamos lá: o que acontece com um pneu rodando? Aquece! O que acontece com o gás dentro do pneu quando o pneu aquece? Aquece! De acordo com a equação dos gases

PV = NRT

a mudança na temperatura causa mudança na pressão e no volume, o que o faz expandir! Isso é bom? Claro que não. O fato da borracha do pneu aquecer é até bom, pois aumenta a aderência. Só que a expansão do gás dentro do pneu faz com que ele altere seu diâmetro e o formato da banda de rodagem (parte do pneu em contato com o solo), o que não é muito bom.

A composição do ar atmosférico é mais ou menos a seguinte: 78% de nitrogênio (N2), 20% de oxigênio (O2) e 2% dos outros gases, incluindo vapor de água. Se ele é então quase que só nitrogênio, que diferença faz usar ar ou N2 nos pneus?

Nitrogênio puro

A diferença é a seguinte: o ar atmosférico, por conter vapor d'água, sofre maior variação de pressão e volume quando alteramos sua temperatura do que o nitrogênio puro. Se você for atento, dirá que a lei dos gases perfeitos não distingue um gás do outro. É verdade, mas os gases não são "perfeitos", portanto há variação de comportamento de um gás para outro e para misturas gasosas como o ar atmosférico.

Outra vantagem: a ausência do oxigênio (O2) evita - ou pelo menos diminui, já que ele estará presente em quantidades mínimas - a oxidação da borracha na parte interna da câmara ou do pneu.

Mas nem tudo é o que parece. É verdade que utilizar N2 ao invés de ar melhora tudo que foi exposto acima, mas isso não é perceptível em condições normais de uso de pneus em veículos normais.

quarta-feira, 16 de abril de 2008


Quem inventou o sabonete?

Os inventores do sabão foram os fenícios; mais tarde, os espanhóis acrescentaram óleo de oliva, para dar um cheiro mais suave ao sabão; o nome sabonete foi dado pelos franceses.

O sabão foi inventado pelo fenícios, seiscentos anos antes de Cristo. Eles ferviam água com banha de cabra e cinzas de madeira, obtendo um sabão pastoso. O sabão sólido só apareceu no século VII, quando os árabes descobriram o processo de saponificação – mistura de óleos naturais, gordura animal e soda cáustica, que depois de fervida endurece. Os espanhóis, tendo aprendido a lição com os árabes, acrescentaram-lhe óleo de oliva, para dar ao sabão um cheiro mais suave. Nos séculos XV e XVI, enfim várias cidades européias tornaram-se centros produtores de sabão – entre elas, Marselha, na França, e Savona, na Itália. Foi da cidade de Savona que os franceses tiraram a palavra Savon, sabão, e o diminutivo Savonnette, sabonete.


Como funciona o bafômetro?

O bafômetro tem um tubo transparente que contém substâncias químicas, um bocal e uma bolsa plástica inflável; quando a pessoa sopra através do bocal, o álcool exalado reage com a mistura fazendo-a mudar de cor.

O bafômetro baseia-se na relação entre o álcool diluído na corrente sanguínea e o que é expelido na respiração. O aparelho compõe-se de um tubo transparente, semelhante a uma ampola, contendo ácido sulfúrico e dicromato de potássio, um bocal e uma bolsa plástica inflável. Numa extremidade do tubo é colocado o bocal e na outra a bolsa. A pessoa sopra através do bocal até que a bolsa fique inflada. Dessa forma, o álcool exalado – se houver algum no organismo – reage com a mistura do tubo, fazendo-a mudar de cor, de amarelo para verde. De acordo com a tonalidade, é possível estimar a quantidade de álcool presente no sangue.


terça-feira, 15 de abril de 2008


Muitos biocombustíveis seriam mais nocivos que petróleo

A maioria dos produtos agrícolas usados nos Estados Unidos e na Europa para a produção de biocombustíveis na verdade agrava o aquecimento global, devido aos métodos industriais empregados na fabricação do produto, segundo relatório assinado pelo Nobel de Química Paul J. Crutzen.
As conclusões são especialmente negativas para a colza, planta usada na Europa para a produção de biodiesel, e que segundo o estudo pode produzir até 70 por cento mais gases do efeito estufa do que o diesel convencional.
Já o etanol brasileiro foi considerado menos poluente do que o petróleo.
O novo estudo sugere que os biocombustíveis podem na verdade provocar mais liberação do que economia de gases do efeito estufa, devido ao fertilizante usado na produção agrícola, cuja fabricação depende do óxido nitroso (o "gás do riso", usado como anestesia odontológica).
Essa substância tem cerca de 300 vezes mais capacidade de provocar o efeito estufa do que o dióxido de carbono (CO2), o mais comum dos gases do efeito estufa produzidos pelo homem.
"A emissão de óxido nitroso por si só pode cancelar o benefício geral", disse o professor Keith Smith, co-autor do estudo, por telefone à Reuters.
Os resultados, publicados no site "Atmospheric Chemistry and Physics Discussions" (http://www.atmos-chem-phys-discuss.net/7/11191/2007/acpd-7-11191-2007.pdf), baseiam-se na descoberta de que o uso de fertilizantes agrícolas responde por três a cinco vezes mais emissões de gases do efeito estufa do que se imaginava.
Isso lança ainda mais dúvidas sobre a credibilidade dos biocombustíveis como panacéia climática, já abalada pelos sinais de que a demanda por novas fontes energéticas pode acelerar a devastação de florestas (para dar espaço a plantações) e aumentar o custo de vida (por reduzir a área das lavouras para alimentos).
O estudo estima que o uso do biodiesel derivado da colza produza, na melhor das hipóteses, a mesma quantidade de gases do efeito estufa que o diesel. Na pior das hipóteses, produz até 70 por cento a mais.
Já o etanol de cana, do qual o Brasil é o maior produtor mundial, saiu-se melhor: gera apenas entre 50 e 90 por cento dos gases do efeito estufa que seriam emitidos pela gasolina.
O etanol de milho, produzido nos EUA, pode gerar até 50 por cento mais gases responsáveis pelo aquecimento global do que a gasolina.
"Como é usado no momento, o bioetanol de milho parece ser um exercício bastante fútil", disse Smith.
O estudo não avalia o aquecimento extra provocado pela própria produção dos biocombustíveis, ou, por outro lado, os benefícios de usar subprodutos dos biocombustíveis (o bagaço da cana, por exemplo) para substituir o carvão em usinas termoelétricas.
Mas o estudo não condena os biocombustíveis como um todo, sugerindo que cientistas e agricultores priorizem cultivos que exijam menos fertilizantes e menos energia na colheita. (Gazeta do Povo/PR)

Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br/noticias/index.php3?action=ler&id=33780

segunda-feira, 7 de abril de 2008


"LIFESTRAW: O canudo que transforma água contaminada em potável removendo bactérias e vírus


Às vezes, as tecnologias mais simples têm o maior impacto na vida das pessoas. Veja como exemplo o sistema de filtragem móvel da empresa suíça Vestergaard Frandsen, batizado de LifeStraw (“canudo da vida”). É um tubo de plástico azul – mas muito mais grosso que um canudinho comum – contendo filtros que tornam potável a água contaminada com microorganismos que provocam cólera, febre tifóide e diarréia. Os filtros, fabricados em resina halógena, matam quase 100% das bactérias e cerca de 99% dos vírus que passam pelo LifeStraw. A University of North Carolina em Chapel Hill testou o canudo com uma amostra de água contendo as bactérias Escherichia coli B e Enterococcus faecalis, além do vírus MS2 colifago, e mais iodo e prata. Os resultados indicam que o LifeStraw filtrou todos os contaminantes a níveis em que não representam mais um risco à saúde de quem ingere a água. No entanto, o canudo não filtra metais pesados como ferro ou flúor, nem remove parasitas como a giárdia ou o criptosporídio, apesar de o CEO da empresa, Mikkel Vestergaard Frandsen, afirmar que há uma versão do LifeStraw disponível para grupos de ajuda humanitária em Bangladesh e na Índia capaz de filtrar arsênico. Com menos de 25 cm de comprimento, o canudo pode filtrar até 700 litros de água - estimativa do consumo anual de uma pessoa. O LifeStraw deve ser jogado fora quando seus filtros ficam entupidos demais para permitir a passagem de água, o que acontece geralmente após um ano de uso."


Esta matéria foi retirada do site da Scientific American Brasil.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Alimentos Funcionais



Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e ao mesmo tempo o crescente aparecimento de doenças crônicas como obesidade, aterosclerose, hipertensão, osteoporose, diabetes e câncer, está havendo uma preocupação maior, por parte da população e dos órgãos públicos de saúde, com a alimentação.

Hábitos alimentares adequados como o consumo de alimentos pobres em gorduras saturadas e ricos em fibras presentes em frutas, legumes, verduras e cereais integrais, juntamente com um estilo de vida saudável (exercícios físicos regulares, ausência de fumo e moderação no álcool) passam a ser peça chave na diminuição do risco de doenças e na promoção de qualidade de vida, desde a infância até o envelhecimento.

O papel da alimentação equilibrada na manutenção da saúde tem despertado interesse pela comunidade científica que tem produzido inúmeros estudos com o intuito de comprovar a atuação de certos alimentos na prevenção de doenças. Na década de 80, foram estudados no Japão, alimentos que além de satisfazerem às necessidades nutricionais básicas desempenhavam efeitos fisiológicos benéficos. Após um longo período de trabalho, em 1991, a categoria de alimentos foi regulamentada recebendo a denominação de "Foods for Specified Health Use" (FOSHU). A tradução da expressão para o português é Alimentos Funcionais ou Nutracêuticos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano.

De acordo com a ANVISA, o alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais, além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão médica.

O surgimento recente desses novos produtos que trazem um "algo mais", além dos nutrientes já conhecidos, teve influência de fatores como: os altos custos com o tratamento de doenças, o avanço nos conhecimentos mostrando a relação entre a alimentação e o binômio saúde/doença e os interesses econômicos da indústria de alimentos.

É importante salientar que antes do produto ser liberado para o consumo deve obter registro no Ministério da Saúde e, para isso, precisa demonstrar sua eficácia e sua segurança de uso. O fabricante deve apresentar provas científicas comprovando se a alegação das propriedades funcionais referidas no rótulo são verdadeiras e se o consumo do produto em questão não implica em risco e sim, em benefício à saúde da população. Lembrando ainda que as alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, à redução de risco mas não à cura de doenças.

As propriedades relacionadas à saúde dos alimentos funcionais podem ser provenientes de constituintes normais desses alimentos como no caso das fibras e dos antioxidantes (vitamina E, C, betacaroteno) presentes em frutas, verduras, legumes e cereais integrais ou através da adição de ingredientes que modifiquem suas propriedades originais exemplificada por vários produtos industrializados, tais como: leite fermentado, biscoitos vitaminados, cereais matinais ricos em fibras, leites enriquecidos com minerais ou ácido graxo ômega 3.

Um ponto que vale a pena ser comentado, é o fato de alguns alimentos industrializados possuírem concentrações muito baixas dos componentes funcionais, sendo necessário o consumo de uma grande quantidade para a obtenção do efeito positivo mencionado no rótulo. No caso do leite enriquecido com ômega 3, por exemplo, seria mais fácil e vantajoso, o consumidor continuar ingerindo o leite convencional e optar pela fonte natural de ômega 3 que é o peixe. Primeiro, porque normalmente os produtos industrializados com ação funcional são mais caros, segundo pois o peixe tem outros nutrientes importantes a oferecer como proteínas de boa qualidade, vitaminas e minerais. Portanto, o produto contendo a substância funcional não substitui por completo, o alimento de onde foi retirado tal composto, uma vez que apresenta apenas uma característica deste.

Ainda em relação aos produtos industrializados com caráter funcional, é importante esclarecer que o simples consumo desse tipo de alimento, com a finalidade de obter um menor risco para o desenvolvimento de doenças, não atingirá o objetivo proposto se não for associado a um estilo de vida saudável levando em consideração principalmente, a alimentação e a atividade física.

Na tabela abaixo, estão descritos alguns exemplos de compostos presentes nos alimentos funcionais e seus respectivos benefícios à saúde:

10 dicas para descobrir o potencial de lider que existe em você


1. Desaprenda as velhas e surradas idéias sobre a Liderança:

a. Liderança não é cargo, nem posição social;
b. Liderança não é sinônimo de carisma;
c. Liderança não é coisa só de homem;
d. Liderança não é só para uns poucos privilegiados e visionários;
e. Ninguém nasce líder, a pessoa se torna líder!

2. Acredite: cada um de nós pode ser líder em alguns momentos da vida.

3. Descubra o potencial de líder que existe dentro de você...

... Em casa, orientando um parente a enfrentar uma situação difícil;
... Na escola, sugerindo um livro a ser lido;
... No bairro, propondo como aumentar a segurança;
... No clube, indicando um filme a ser assistido;
... Na igreja, sugerindo uma reflexão importante;
... Com o grupo de amigos, sugerindo onde passar as férias;
... Na hora de um acidente, tomando as providências necessárias;
... Na rua, ajudando alguém a atravessá-la;
... No trabalho, indicando a melhor forma de executar uma tarefa;
... Quando você está sozinho, defronte do espelho...

4. Seja “líder 24 horas” nas diferentes dimensões da sua vida e não apenas um “líder meio turno”, quando está no trabalho.

5. Ofereça uma Causa às pessoas com as quais convive.

6. Forme outros Líderes, não apenas seguidores.

7. Lidere também para “cima”: seu chefe, seus pais, seu professor.

8. Surpreenda pelos Resultados, faça mais que o combinado.

9. Inspire pelos Valores, não apenas pela simpatia e carisma.

10. Aprenda a liderar a si próprio, antes de pretender liderar os outros!

Gordura Trans


Durante muitos anos, a manteiga foi considerada uma inimiga da saúde porque é feita da nata do leite de vaca, é gordura saturada, de origem animal e tem colesterol. A boa amiga passou a ser a margarina. De repente, mudou: as halvarinas (do holandês, "halv", metade), com a metade da gordura da margarina, eram consideradas melhores - hoje elas têm a denominação "margarinas light".

Mas a margarina também tem seu lado nada saudável. Para transformar os óleos vegetais de que ela é feita em gordura sólida ou pastosa, usa-se um processo químico chamado hidrogenação, que embute hidrogênio nas moléculas do óleo vegetal. É assim que se criam as gorduras trans.

Elas não são totalmente estranhas ao cardápio humano: a carne e o leite de animais ruminantes, como bovinos e caprinos, possuem gorduras trans em quantidades mínimas, quase inexpressivas. O problema, como tudo que se come, está na quantidade.

Gorduras trans

Segundo um estudo recente da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos as gorduras trans são as responsáveis pela produção da gordura visceral, que se acumula na região da cintura. Isso leva à síndrome metabólica, uma conjunção de doenças crônicas graves: diabetes, pressão alta, alto nível de colesterol ruim e de triglicérides no sangue.

Tem mais: as gorduras trans diminuem o bom colesterol e ainda aumentam o mau colesterol, aquele que se deposita nas paredes das artérias e forma placas de gordura que endurecem e entopem os "encanamentos" por onde circula o sangue no organismo.

Um estudo publicado na revista científica "New England Journal of Medicine" constatou consumir cinco gramas de gordura trans por dia aumenta em 25% o risco de problemas cardíacos. Por isso, consumir esse ingrediente na alimentação, hoje, é visto como um enorme fator de risco para doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).

Presença da gordura trans nos alimentos

A gordura trans é muito usada na indústria nos últimos 30 anos porque, além de barata, dá crocância, textura e conserva-se sem ranço por mais tempo que a gordura de origem animal. Faz parte da receita de sorvetes, salgadinhos, bolos, chocolates, coberturas doces, batatinhas fritas de fast food, biscoitos, cookies, folhados, margarinas, maioneses - e por aí vai.

A lista é imensa. Muitos produtos feitos em padarias, confeitarias e lanchonetes são preparados com gordura vegetal hidrogenada, principal fonte da gordura trans.

Rótulos dos alimentos trans

Uma entidade não-lucrativa norte-americana, a Ban Trans Fats, especializou-se em cobrar da indústria a transparência necessária em seus rótulos contando ao consumidor onde a gordura trans está presente. E conseguiu várias vitórias, inclusive uma lei da FDA, a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos, que obriga os fabricantes a explicitarem a presença dessa gordura no alimento.

Por aqui, isso também é lei, desde agosto de 2006: as empresas são obrigadas a informar nos rótulos de seus produtos alimentícios se eles são ou não livres de gorduras trans. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) fez em outubro um levantamento com 370 alimentos industrializados à venda nas prateleiras dos supermercados brasileiros. Desses, apenas 231 estão cumprindo a lei. Os demais têm até dezembro para se ajustarem às novas exigências.

Parece, mas não é

Mas não pense que ao comprar algo "sem gorduras trans" na embalagem você não vai consumi-las. Os alimentos que não atingem o valor mínimo estabelecido - 0,2 grama por 100 gramas - são considerados livres pela lei de rotulagem. Assim, um alimento pode ser considerado "zero trans" quando contiver quantidade menor ou igual a 0,2 grama desse nutriente numa porção, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

É por isso que o consumidor compra chips, cubos de caldo de carne, margarina ou sorvete "livre de gorduras trans" na frente da embalagem, mas pode encontrar na parte de trás a expressão: "gordura vegetal hidrogenada" - ou seja, a própria trans.

O tamanho da porção

A cota diária de trans é de 2,2 gramas, no máximo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Isso dá menos de um cookie por dia, ou meio biscoito recheado. Você pode trocar esse meio biscoito por meio donuts, ou por um pacote pequeno (25 gramas) de batatinhas chips. Uma porção grande de fritas de fast food? Esqueça: ela equivale às cotas de quatro dias juntos.

Da próxima vez que você for a um supermercado, além da informação se tem ou não gordura trans, observe a lista de ingredientes dos alimentos processados. Você verá as palavras "hidrogenado", "parcialmente hidrogenado" ou "gordura hidrogenada" muitas vezes. Quanto menos alimentos desse tipo entrarem no seu carrinho, melhor para a sua saúde.

Trans não é a mesma coisa que saturada
Muita gente acredita que fritar um alimento já produz gorduras trans ou saturadas. Na verdade, isso tem a ver com a gordura oxidada . Você também pode tornar a gordura prejudicial quando frita alguma coisa em óleo vegetal.

Todas as vezes em que se aquece bastante um óleo ele se oxida - por aí já dá para imaginar a quantidade de gordura oxidada no pastel de feira e naquelas frituras feitas com óleo reaproveitado na cozinha. Esse fenômeno causado pela fritura continuada se chama polimerismo. Trata-se da produção de grandes moléculas que são prejudiciais para a saúde e podem aumentar o risco de desenvolver vários tipos de câncer.

Já a gordura saturada existe em grandes quantidades nos produtos de origem animal, como carne, leite e derivados. Só para você saber: quando se come algo com gordura saturada, o fígado processa essa substância e produz o temido colesterol.

Essa gordura existe em pequenas quantidades nos óleos vegetais, que são as gorduras "boas". Por exemplo, o óleo de canola tem 6% ou 7%, o de girassol tem 11%. Apenas dois óleos vegetais têm muita gordura saturada: o de coco (95%) e o de palma (ou dendê), com cerca de 50%.

Gordura

Ninguém vive sem colesterol, por isso é bobagem quando alguém diz que "está com colesterol": todos estamos. A vida humana não é possível sem ele - tanto, que 70% do nosso colesterol é fabricado pelo próprio organismo. Essa substância gordurosa é básica para várias funções vitais, como a fabricação de hormônios e a formação das células.

É no colesterol em excesso que mora o perigo. Ao se acumular no sangue, ele forma os ateromas, aquelas placas de gordura que entopem as artérias e levam ao derrame e ao infarto.

Agora você já sabe: excesso de colesterol, gordura saturada e gorduras trans são três coisas diferentes - e delas, a trans é a pior em termos de risco para a saúde.

Energia Nuclear


Em abril de 1986, aconteceu o mais grave acidente nuclear da história: explodiu o reator número 4 da usina atômica de Chernobyl, na então União Soviética. Devido ao regime político ditatorial que vigorava no país, as autoridades levaram dias para reconhecer o acidente, o que só fez agravar suas conseqüências, que não se restringiram ao local da explosão: a poeira radioativa espalhou-se por centenas de quilômetros, levadas pelos ventos.

O acidente, devido a um erro dos técnicos que trabalhavam no local, contaminou cerca de 60 mil Km2 de território russo e forçou 340 mil pessoas a abandonarem suas residências. Na ocasião, estima-se que tenham morrido cerca de 5 mil pessoas e a organização ambientalista Greenpeace acredita que o número de vítimas das radiações chegue a cerca de 100 mil nos próximos anos. Os elementos radioativos continuam atuando durante décadas e afetam os seres vivos, provocando, entre outros males, o câncer.

Segundo a OMS - Organização Mundial de Saúde - 7 milhões de pessoas ainda vivem em áreas contaminadas pela radição nos países da região que formava na época a União Soviética: Belarus, Rússia e Ucrânia. Muitas delas ainda não passaram por nenhum tipo de exame médico. Enfim, Chernobyl é um grito de alerta sobre os riscos de utilização da energia nuclear.

Desafio iraniano
Não bastasse isso, porém, o mundo tem ouvido nos últimos dias os gritos desafiadores do presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, de que seu país pretende desenvolver usinas nucleares, a despeito da posição contrária dos Estados Unidos e das Organização das Nações Unidas, num caso que pode se transformar em outra guerra no Oriente Médio.

O programa nuclear do Irã, na verdade, desperta dois temores: além de um eventual acidente semelhante ao de Chernobyl (pois a tecnologia é a mesma da antiga União Soviética), a utilização militar da energia atômica ou a transferência dessa tecnologia para organizações terroristas islâmicas. Por outro lado, é verdade que o Irã se vê num momento histórico em que o a energia nuclear - a ser utilizada com fins exclusivamente pacíficos - é fundamental para o desenvolvimento do país.

Apesar de contar com 11% das reservas de petróleo (e de 15% das de gás natural) do mundo, o Irã consome 42% de sua produção petrolífera. O petróleo é uma de suas principais fontes de riquezas no comércio exterior e estima-se que daqui a 15 anos o Irã não vai mais dispor de petróleo para exportação, caso não o substitua por outra fonte de energia.

No Irã e no mundo
Com pequenas variações, o panorama do Irã se assemelha ao do resto do planeta. O fato é que os combustíveis fósseis como o petróleo e o carvão mineral - ou seja, recursos não renováveis, cada vez mais escassos - respondem por 85% da energia consumida mundialmente. É proporcional o nível de desenvolvimento econômico de um país e o seu consumo de energia.

Levando-se isso em conta, bem como o fato de a energia hidrelétrica, solar e eólica não serem suficientes para prover as necessidades globais, fica evidente a necessidade de se investir na energia nuclear que, apesar dos riscos, paradoxalmente pode ser a solução para outro grave problema enfrentado pelo mundo de hoje: as mudanças climáticas. O que uma coisa tem a ver com a outra? Vamos por partes, mas deixando claro de antemão que - como diz o ditado - o diabo não é tão feio quanto pintam.

O aproveitamento de energia nuclear começou a acontecer em fins da década de 1930, para fins militares, mas seu desenvolvimento evoluiu para fins pacíficos após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Atualmente, funcionam no mundo cerca de 440 usinas atômicas. Os Estados Unidos são o país que lidera sua produção, mas os que mais a utilizam são países europeus como a França, a Suécia, a Bélgica e a Finlândia - esta última uma campeã de ambientalismo e proteção ecológica.

Novas constatações
Na verdade, cientistas e ambientalistas, como Patrick Moore e James Lovelock, que há cerca de 30 anos se manifestavam veementemente contra a energia nuclear, demonizando-a, mudaram radicalmente de posição e já declaram abertamente que ela pode salvar o planeta.

Eis alguns dos argumentos que eles apresentam: 10% das emissões globais de gás carbônico (CO2), o principal responsável pelo efeito estufa e as mudanças climáticas, vêm das usinas elétricas movidas a carvão nos Estados Unidos. As usinas atômicas seriam a únida fonte de energia de larga escala e economicamente capaz de reduzir essas emissões.

Custos/benefícios
Num artigo no site de sua empresa, a Greenspirit, Moore, particularmente, mostra que cada preocupação com o uso da energia atômica deve ser considerada separadamente, para acabar com as dúvidas e os mitos que pairam sobre o tema.

Sobre o fato de a energia nuclear ser eventualmente cara, ele contra-argumenta, lembrando que o custo médio da produção desse tipo de energia foi de dois centavos de dólar por quilowatt-hora. Isso se compara aos custos da energia a carvão e hidrelétrica, sem falar em que os avanços tecnológicos devem reduzir esses custos.

Quanto à insegurança das usinas nucleares, o ambientalista lembra que Chernobyl foi um acidente previsível, a crônica de uma morte anunciada: o modelo primitivo de reator soviético não tinha vaso de contenção, seu projeto era ruim e o acidente se deu por falha humana.

Ao contrário, na usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, Estados Unidos, o derretimento de um núcleo do reator se converteu numa história de sucesso, pois sua estrutura protetora de concreto fez exatamente o que dela se esperava: impediu que a radiação escapasse para o ambiente. Não houve mortos nem feridos.

Lixo nuclear e terroristas
Sobre o fato de o lixo nuclear ser perigoso por milhares de anos, Moore argumenta: "em 40 anos, o combustível usado tem menos de um milésimo da radioatividade que tinha quando tirado do reator". Além disso, o cientista julga incorreto chamá-lo de lixo, uma vez que ele pode ser reciclado e reaproveitado durante muito tempo.

Restam as questões político-militares: reatores atômicos podem ser alvos de ataques terroristas. No entanto, a estrutura protetora com 1,80m de concreto de espessura não só protege os conteúdos de dentro para fora, mas de fora para dentro. "Mesmo que um avião Jumbo se chocasse com a usina e rompesse o invólucro, o reator não explodiria", afirma ele.

Um argumento cortante
Finalmente, o combustível nuclear pode ser desviado para a fabricação de armas nucleares. Patrick Moore concorda que esse é o pronblema mais sério e difícil de resolver, aludindo exatamente à questão do Irã. Porém, ele lembra que esse argumento não se limita à tecnologia atômica e cita um dado impressionante: "Nos últimos 20 anos, uma das ferramentas mais simples - o facão - foi usada para matar mais de 1 milhão de pessoas na África, muito mais do que os mortos nos bombardeiros nucleares de Hiroshima e Nagasaki juntos".

Para encerrar, é muito importante enfatizar que essas declarações vêm de um cientista que se opôs radicalmente à energia atômica e que não deixou de militar a favor das causas ecológicas: Patrick Moore, PhD em ecologia, pela Universidade de Colúmbia, e presidente da Greenspirit, que é atualmente uma das mais importantes consultorias de política ambiental do mundo.

Petrobras


Empresa é recordista na extração de óleo em águas profundas



A Petrobras é um caso raro de empresa de um país em desenvolvimento que conquistou espaço e liderança no mercado mundial. Atualmente, a Petrobras está presente com atividades operacionais ou escritórios em 27 países e ocupa o 14º no ranking entre todas as empresas de petróleo -entre as companhias de capital aberto, a posição da Petrobras melhora ainda mais e a empresa fica em 7º lugar.

O embrião para o surgimento da Petróleo Brasileiro S/A, a Petrobras, foi a Lei 2.004, sancionada no dia 3 de outubro de 1953 pelo presidente Getúlio Vargas, que estabelecia o monopólio da União sobre as atividades da indústria petrolífera. A mesma lei determinava, também, que a União tinha autorização para constituir a Petrobras, fato que aconteceu no dia 12 de março de 1954, poucos meses antes do suicídio do presidente Vargas, ocorrido no dia 24 de agosto.

"O Petróleo é Nosso"

Em 2 de abril do mesmo ano, o governo editou o decreto 35.308, aprovando a criação da empresa, que nasceu sob uma grande campanha nacionalista. Durante mais de dois anos, políticos, empresários e sindicalistas favoráveis à criação da companhia participaram da campanha "O Petróleo é Nosso", que se espalhou por todos os Estados do país.

A história de nacionalizar a produção dos bens do subsolo, no entanto, é muito anterior à criação da Petrobras. Na década de 30, o escritor Monteiro Lobato escreveu muitos artigos para jornais defendendo a soberania do Brasil em relação à produção do petróleo. No final da década de 30, em um bairro da periferia de Salvador, na Bahia, foi descoberto o primeiro poço de petróleo do Brasil. O bairro recebeu o nome de Lobato, em homenagem a Francisco Rodrigues Lobato, proprietário da fazenda onde foi encontrado o "ouro negro", como era conhecido o petróleo à época.

Petrossauro

Entre 1954 e 1977, a Petrobras reinou sozinha no Brasil. A empresa tinha o monopólio de exploração e produção de petróleo, gás natural e derivados. Foi justamente neste período que a estatal foi acusada por muitos especialistas de ser uma empresa acomodada e ineficiente, recebendo o apelido pejorativo de "Petrossauro": a empresa seria enorme e antiquada, assim como os dinossauros.

Durante grande parte da década de 70, os funcionários da Petrobras apresentavam uma produtividade 25% inferior à média registrada na indústria e o Brasil era obrigado a importar petróleo, mesmo tendo uma empresa que detinha o monopólio do setor. A mudança de perfil começou na década de 80, quando a Petrobras passou a investir mais em tecnologia e expandiu os seus negócios.

Auto-suficiência

A Petrobras começou as suas atividades produzindo cerca de 2.700 barris por dia. Mais de meio século depois, a empresa fechou janeiro de 2008 produzindo 1,826 milhão de barris/dia de petróleo. No exterior, no mesmo período, a empresa produziu 227 mil barris por dia de óleo e gás.

Além da melhoria em seu desempenho, que pode levar o Brasil à auto-suficiência na produção de petróleo nos próximos anos, a Petrobras também apresenta um grande diferencial, quando comparada às suas concorrentes: a empresa brasileira é recordista mundial na extração de óleo em águas profundas.

Crédito de carbono


Em um mercado cada vez mais globalizado e competitivo, empresas e governos de países em desenvolvimento encontraram no combate à poluição uma fonte alternativa para aumentar as suas receitas e reduzir as emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento do planeta.

Isto é possível devido ao Protocolo de Kyoto, documento assinado pela maioria dos países da ONU (Organização das Nações Unidas), em 1997, como mecanismo de controle da interferência humana no clima do mundo. O protocolo prevê uma redução, até 2012, de 5,2% na emissão de gases do efeito estufa, em relação aos níveis registrados em 1990.

Pelo acordo, os países que não estão dispostos a reduzir a poluição podem comprar o excedente de outras nações. A operação de compra e venda é simples: indústrias e países que não conseguem reduzir a quantidade de poluentes que despejam no ar precisam adquirir créditos de carbono. Por outro lado, as empresas e nações que poluem menos do que a cota estabelecida pelo Protocolo de Kyoto ganham o direito de negociar a diferença no mercado internacional.

Crédito de carbono

Para facilitar as transações, foi criada uma moeda, o crédito de carbono. Uma tonelada métrica de CO2 (dióxido de carbono) equivale a um crédito de carbono, que pode ser negociado no mercado internacional, como qualquer ação de uma empresa.

Em 2006, as transações envolvendo créditos de carbono atingiram US$ 25 bilhões, sendo que os principais negociadores foram países da Europa e o Japão. Os Estados Unidos, considerado o maior poluidor do mundo, e a Austrália não participam do acordo. Para estes países, cumprir o Protocolo de Kyoto significa diminuir o desenvolvimento econômico. Além disso, a Austrália e Estados Unidos também defendem a inclusão de países poluentes em desenvolvimento no acordo, como a China.

Bolsa de valores

Na América Latina, o primeiro leilão para a venda de créditos de carbono aconteceu em setembro de 2007, na Bolsa de Mercadorias e Futuros, no Brasil. O banco belgo-holandês Fortis pagou à Prefeitura de São Paulo R$ 34 milhões pelas emissões evitadas em um aterro sanitário.

As empresas interessadas em ingressar nesse mercado precisam desenvolver projetos que promovam a redução dos gases causadores do efeito estufa e realizar a sua inscrição na Bolsa de Valores. No pregão eletrônico, as empresas vão repassar os créditos, chamados de "Reduções Certificadas de Emissões", a outras empresas. Aterros sanitários, usinas de álcool, indústrias siderúrgicas e centrais hidrelétricas são exemplos de potenciais empresas que podem realizar transações deste tipo.

Os gases do efeito estufa atuam retendo o calor do sol junto à terra, aumentando a temperatura global. O principal deles é o dióxido de carbono (CO2), emitido por veículos movidos a petróleo, usinas termelétricas a carvão, por exemplo.

IPCC

O CO2 é um dos gases responsáveis pela manutenção da temperatura terrestre. Porém, o seu excesso impede a saída de calor da atmosfera, provocando o aquecimento do planeta, denominado de efeito estufa. Segundo a ONU, o CO2 emitido pela queima de combustíveis fósseis representa mais de 80% dos gases do efeito estufa produzidos pelo homem.

A preocupação com o equilíbrio ambiental aumentou depois que o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), da ONU, divulgou um relatório revelando que, se a emissão de poluentes seguir no ritmo atual, a temperatura média do Planeta irá aumentar entre 1,8°C e 4° C, até 2100, o que provocaria danos irreparáveis ao meio ambiente. Com base nos resultados preliminares do Protocolo de Kyoto, que tem prazo de validade até 2012, os países já estudam outras fórmulas para reduzir a poluição no mundo.

*Manuela Martinez é jornalista e publicitária.

Tv Digital


Qualidade de imagem com interatividade

Manuela Martinez*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Pouco mais de 57 anos após a inauguração da primeira emissora no país (a extinta TV Tupi, no dia 18 de setembro de 1950), 42 anos depois do início das transmissões da Rede Globo (maior emissora do país) por Roberto Marinho, e 35 anos depois do surgimento da TV em cores (31 de março de 1972, Festa da Uva, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul), a televisão brasileira passa por sua maior revolução. Desde 2 de dezembro de 2007, a TV digital funciona no país.

A mudança de sistema chega para transformar radicalmente o entretenimento mais popular do Brasil. Dados de 2007 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que 50 milhões de residências (163 milhões de pessoas) possuíam pelo menos um aparelho de televisão no país.

Como todo grande processo de revolução tecnológica, a TV digital chega por etapas. No primeiro momento, apenas telespectadores da Grande São Paulo poderão acompanhar as transmissões das emissoras abertas. Em 2008, de acordo com o governo, o sistema estará disponível para outras capitais.

Mesmo assim, ainda vai demorar muito para a migração completa para o sistema digital: somente em 2016 as transmissões analógicas serão interrompidas. O endereço www.forumsbtvd.org.br/cronograma.php oferece o calendário completo para a implantação da TV digital.

Interatividade

Inicialmente, os telespectadores vão perceber uma grande diferença na qualidade da imagem e do som da TV digital. A maior parte dos programas vai chegar até a casa do telespectador no sistema padrão de qualidade, o SD. Embora muito melhor do que o sistema analógico, o SD é bem inferior à alta definição, conhecido como HD ou full HD. Este formato somente poderá ser observado em aparelhos de alta definição.

Mais à frente, o grande salto: a interatividade, que vai permitir a participação em pesquisas instantâneas, fazer compras, pagar contas e reprisar cenas preferidas, por exemplo. Com a TV digital, a transmissão do sinal será feito de forma contínua, ao contrário do que acontece no sistema analógico, que sofre com os ruídos, chuviscos e borrões na recepção das imagens.

No novo sistema, a imagem chegará à casa do telespectador com a mesma qualidade que sai da emissora. A TV digital brasileira tem como padrão o modelo japonês, que privilegia a qualidade de imagens e a transmissão para outras mídias, principalmente o celular. No Japão, desde 2006 os celulares já podem receber o sinal de televisão. Apesar de ser o mesmo modelo, o sistema sofreu adaptações para atender à realidade brasileira.

Conversor

Enquanto os fabricantes de televisão prometem colocar no mercado aparelhos com conversores embutidos em 2008, quem quiser usufruir dos benefícios da TV digital antes necessita comprar um conversor e uma antena UHF, que pode ser interna ou externa. A antena deverá ser conectada ao conversor.

Para obter todas as vantagens da nova tecnologia, o consumidor deverá ter, necessariamente, um aparelho preparado para a TV digital, com tela de 480, 720 ou 1.800 linhas horizontais, sendo que a resolução (qualidade da imagem) é melhor quanto maior é o número de linhas.

Outra vantagem oferecida pela TV digital é o formato 16:9, padrão no cinema. Essa medida oferece um campo de visão bem maior do que o padrão utilizado nos televisores analógicos, que é o 4:3.

As emissoras fechadas (por assinatura) também vão aderir ao sistema e anunciaram que, a partir de 2008, colocarão à disposição dos assinantes os conversores aptos a receber a imagem digital.