terça-feira, 29 de março de 2011

Pepsi anuncia garrafa de origem 100% vegetal




Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/03/2011
Pepsi anuncia garrafa de origem 100% vegetal
As técnicas de processamento da biomassa permitem a fabricação de uma "garrafa vegetal" virtualmente indistinguível da garrafa PET normal.[Imagem: PepsiCo]

Garrafa vegetal

A empresa PepsiCo anunciou o desenvolvimento da "primeira garrafa de plástico PET feita inteiramente de matérias-primas totalmente renováveis, à base de plantas."

Segundo nota divulgada pela empresa, a garrafa "verde" é 100% reciclável e "supera largamente as tecnologias disponíveis na indústria".

A empresa não divulga informações ou artigos científicos fundamentando a descoberta, citando apenas que o avanço inclui "uma combinação de processos biológicos e químicos".

Esses processos biotecnológicos criam uma estrutura molecular que é idêntica à do PET (polietileno tereftalato) - um plástico à base de petróleo.

A matéria-prima utilizada é a biomassa de milho, pinus e de uma gramínea conhecida como switch grass.


Cultivando garrafas

As técnicas de processamento da biomassa permitem a fabricação de uma "garrafa vegetal" virtualmente indistinguível da garrafa PET normal e com igual capacidade de proteção dos líquidos.

A empresa afirma que as pesquisas prosseguem para a inclusão de outros vegetais na produção da garrafa ecologicamente correta, incluindo cascas de laranja, batata e aveia.

As primeiras garrafas à base de plantas começarão a ser produzidas em escala piloto em 2012. Se os testes forem bem-sucedidos, a empresa planeja passar diretamente à produção em escala comercial.

Dia Mundial da Água: Água potável é raridade em muitas partes do mundo


Escassez da água

O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.

Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.

Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso.

Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.

Doce água

No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região.

Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização.

Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.

De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem.

Água e população

Mas, a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, mas nas regiões com o maior percentual da população global.

O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial.

Situação que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões.

No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.

O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.

Dia Mundial da Água: Tecnologia brasileira produz chuva sem químicos


Chuva limpa

Uma pequena empresa de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que criou uma tecnologia limpa para provocar chuvas, quer o apoio do governo federal para consolidar um modelo nacional de enfrentamento de estiagem e de prevenção de grandes tempestades.

O proprietário da ModClima Pesquisa e Desenvolvimento, o engenheiro Takeshi Imai, de 68 anos, chamou a técnica que ele inventou de modificação consciente do clima e ambiente, daí o nome ModClima.

A tecnologia envolve a "semeadura" de nuvens com água potável borrifada por avião. Essa água, que não tem aditivo químico, se encontra com as gotículas já existentes nas nuvens e provoca a chuva, processo descrito como "colisão-coalescência", que ocorre naturalmente quando há chuva.

Fazendo chover

Atualmente, a ModClima usa um avião bimotor equipado com tanque de 300 litros e bicos móveis nas asas e na cauda que esguicham água.

As nuvens são escolhidas por meio de radares apontados para a região onde se quer criar a precipitação. Se não houver nuvem, não há como provocar chuva. O recorde de chuva provocada registrado por pluviômetro é 60 milímetros.

Em dez anos de funcionamento, a empresa acumula em seu portfólio mais de 600 chuvas em diversos lugares no oeste da Bahia, em Santa Catarina e em São Paulo. A ModClima é contratada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para fazer chover nos reservatórios dos sistemas de abastecimento Cantareira e Alto Tietê.

Além da época de estiagem, a tecnologia pode ser usada antes de tempestades para diminuir a intensidade das chuvas.

Unidades produtoras de chuva

O Sr. Imai solicitou uma audiência com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para apresentar a tecnologia.

Mercadante é um dos ministros que estão à frente do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais, anunciado pelo governo em janeiro, à época das enchentes e dos desabamentos na região serrana do Rio de Janeiro, por causa das fortes chuvas.

Com o governo federal, a empresa tenta viabilizar a criação de "unidades produtoras de chuva" em áreas extensas com déficit hídrico. "Isso pode evitar incêndios florestais e favorecer a revitalização de nascentes e mananciais", explica Marjorie Imai, diretora da ModClima.

As unidades produtoras de chuva também podem consorciar áreas de proteção ambiental, fazendas e reservatórios e, assim, viabilizar o custo da operação.

A tecnologia foi apresentada recentemente na Alemanha, durante a Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD).

segunda-feira, 28 de março de 2011

DERRAME DO PRESTIGE


Em novembro de 2002, o petroleiro grego Prestige naufragou na costa da Espanha, despejando 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. A sujeira afetou 700 praias e matou mais de 20 mil aves. Em comparação com o Exxon Valdez, a quantidade de óleo derramado foi menor e a biodegradação do produto foi facilitada pelas temperaturas mais altas. Nos meses seguintes ao desastre, o submarino robô Nautile soldou o navio afundado a 3600 metros de profundidade. Mas, como a vigilância diminuiu, os ambientalistas alertam que vazamentos pequenos ainda podem acontecer.

Cientistas dos EUA detectam rara partícula ao analisar dados do LHC

Cientistas da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos, detectaram uma partícula rara chamada méson B ao analisar os dados do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), experimento do Centro Europeu para Pesquisas Nucleares (Cern). O estudo a respeito da partícula foi divulgado na revista científica "Physics Letters B" nesta segunda-feira (28).


Os fisicos acreditam que a partícula tenha existido nos primeiros momentos do Universo, logo após o Big Bang. Atualmente, o méson B só consegue ser recriado a partir de colisões de prótons, lançados a altíssimas velocidades em aceleradores de partículas como o LHC.

Com o estudo, os pesquisadores, liderados pelo físico Sheldon Stone, esperam compreender melhor as características da antimatéria - uma espécie de "inverso" da matéria que conhecemos. Um exemplo é o pósitron - tal como um elétron, mas com carga positiva -, sem o qual a tecnologia de exames de tomografia conhecidos como pet scan não seriam possíveis.

Prótons e nêutrons são feitos de unidades chamadas quarks, que também possuem sua versão no mundo da antimatéria: os antiquarks. O méson B nasce a partir da união de um tipo de quark com um tipo de antiquark.

Um dos mistérios que os especialistas buscam resolver é como a antimatéria - teoricamente abundante no início do Universo - deixou de existir com o passar do tempo.

A pesquisa da equipe de Sheldon Stone foi financiada pela Fundação Americana de Ciência (NSF, na sigla em inglês). Ao todo, o grupo recebeu mais de US$ 3,5 milhões para estudar os dados fornecidos pelo acelerador do Cern.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A Máfia Italiana e o ácido sulfúrico


Não adianta nem tentar. Jogar um cadáver em um tanque de ácido sulfúrico não vai fazê-lo se dissolver em minutos. A pesquisa da Universidade de Palermo foi apresentada no encontro anual da Academia Americana de Ciências Forenses. O estudo foi realizado para tentar desvendar os mistérios da “lupara bianca”, como são chamados os “crimes perfeitos” da máfia italiana, quando um sujeito era assassinado mas seu corpo jamais era encontrado.

Os experimentos foram realizados utilizando carcaças de porcos no lugar de corpos humanos. O resultado? Demorou dias para a “carne” do animal ser dissolvida no ácido sulfúrico. Contudo, eles descobriram que adicionar água ao processo pode acelerar o processo. As cartilagens e os músculos dissolvem e os ossos viram pé em até 12 horas, mas o corpo fica “apenas” irreconhecível. “Mas é impossível destruir completamente o corpo com ácido”, disse o co-autor do trabalho, Massimo Grillo.

De acordo com outro pesquisador participante, Filippo Cascino, a polícia de Palermo encontrou tanques de ácido em esconderijos que ficaram conhecidos como “câmaras da morte”, onde o chefão do crime Filippo Marchese teria dissolvidos algumas vítimas depois de tê-las torturado, nos anos 1980. Informantes chegaram a descrever o processo: “nós colocávamos a pessoa no ácido. Em 15 ou 20 minutos elas nem existiam mais. Elas viravam líquido”. Os pesquisadores discordam, pode ter levado muito mais tempo que isso.

segunda-feira, 14 de março de 2011

ENTENDA O TERREMOTO NO JAPÃO

Acidente nuclear no Japão é mais grave, afirma autoridade francesa


Franceses avaliam incidente em usina em Fukushima como grau 5.
No sábado, japoneses o avaliaram em 4, em escala em que Chernobyl é 7.


O acidente nuclear de Fukushima alcançou um nível de gravidade maior do que Three Mile Island, mas não chegou ao nível de Chernobyi, afirmou nesta segunda-feira (14) o presidente da Autoridade Francesa de Segurança Nuclear (ASN), André-Claude Lacoste.

"Temos a impressão de que estamos pelo menos em nível 5 ou nível 6 (de uma escala de 7)", indicou Lacoste à imprensa. "É algo além de Three Mile Island (nível 5) sem alcançar Chernobil (nível 7). Estamos com toda certeza num nível intermediário, mas não se pode descartar que podemos chegar a um nível da catástrofe de Chernobil", acerscentou.

No sábado, as autoridades japonesas anunciaram que o acidente na usina de Fukushima N°1 alcançou o nível 4 da escala de acontecimentos nucleares e radiológicos (INES), que tem seu máximo no nível 7.

Segundo esta escala, a catástrofe nuclear de Chernobyl, ocorrida em abril de 1986, foi avaliada no nível 7, o mais alto jamais alcançado, definido como um "acidente maior, com um efeito estendido ao meio ambiente e à saúde".

O nível 6, ou "acidente grave", se refere a um "vazamento importante que pode exigir a aplicação integral de contramedidas previstas", e o nível 5, um "acidente com vazamento limitado".

Three Mile Island é uma central nuclear americana que, em 28 de março de 1979, sofreu uma fusão parcial.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Japão decreta "estado de emergência nuclear" em usina

Terremoto e posterior tsunami cortaram o fluxo de energia elétrica na central, impossibilitando o funcionamento do mecanismo de refrigeração da usina
Por Agência EFE

O Japão decretou "estado de emergência nuclear" na usina atômica de Fukushima Daiichi, após o terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter que atingiu o país nesta sexta-feira, indicou o Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Segundo a informação apresentada pelas autoridades japonesas à agência nuclear da ONU, o terremoto e o posterior tsunami cortaram o fluxo de energia elétrica na central e o motor diesel de emergência que deveria suprir essa carência também não funciona, devido aos danos causados pelo desastre.

As autoridades continuam tentando regular o sistema alternativo de energia para fazer funcionar o mecanismo de refrigeração da usina nuclear, assinalou a AIEA em comunicado divulgado em Viena.

O combustível nuclear requer um esfriamento contínuo inclusive quando as instalações atômicas deixam de funcionar, lembrou a agência nuclear da ONU.

Em outra usina nuclear próxima, Fukushima Daini, as autoridades decretaram "estado elevado de alerta", indicou a AIEA.

O terremoto paralisou a atividade de 11 usinas nucleares, mas o Governo japonês negou que material radioativo tenha escapado das centrais.

Milhares de pessoas que residiam em um raio de três quilômetros da central de Fukushima Daiichi foram evacuadas a pedido das autoridades locais, após a detecção de problemas na usina.