segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Moléculas na atmosfera terrestre podem resfriar o planeta e balancear o aquecimento global

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Os cientistas descobrem que uma molécula da atmosfera da Terra tem o potencial de desempenhar um papel importante no arrefecimento do planeta. Pesquisadores da Universidade de Manchester, da The University of Bristol e dos Laboratórios Nacionais Sandia revelam que intermediários químicos invisíveis presentes na atmosfera da Terra são oxidantes poderosos de poluentes como o dióxido de azoto e dióxido de enxofre, produzidos por combustão, e pode naturalmente limpar a atmosfera. Legenda foto: Pesquisadores descobriram que algumas moléculas reagem mais rapidamente do que se pensava e aceleram a formação de sulfatos e nitratos na atmosfera. Estes compostos levarão a formação de aerossóis e, finalmente, a formação de nuvens com potencial para esfriar o planeta A detecção deste novo tipo de molécula e medição do quão rápido ela reage foi possível graças a um aparelho único, desenhado por pesquisadores para usar a luz intensa, sintonizável no sincrotron, permitindo aos pesquisadores distinguir a formação e remoção de espécies diferentes isoméricas - moléculas que contêm os mesmos átomos, mas dispostos em diferentes combinações. Este tipo de reação atmosférica foi postulado pela primeira vez por Rudolf Criegee na década de 1950. No entanto, apesar da sua importância, não foi possível estudar diretamente essas espécies importantes no laboratório. Nos últimos cem anos, a temperatura média da superfície da Terra aumentou 0,8°C. A maioria dos países concorda que cortes drásticos nas emissões de gases de efeito estufa são necessários. Dr. Carl Percival, Químico da Atmosfera da Universidade de Manchester acredita que poderia haver possibilidades de investigações significativas decorrentes da descoberta do ‘biradicals Criegee’. "Nossos resultados terão um impacto significativo em nossa compreensão da capacidade oxidante da atmosfera e têm amplas implicações para a poluição e a mudança climática”. O Professor de Química da Dudley Shallcross, na Universidade de Bristol, acrescentou que: "Os ingredientes importantes necessários para a produção dessas ‘biradicals Criegee’ vem de substâncias químicas liberadas naturalmente pelas plantas, ecossistemas naturais estão atuando de forma importante contra o aquecimento global”

Metais mais raros da Terra entram para "lista de risco"

Elementos de risco O Serviço Geológico Britânico divulgou uma lista de "elementos ameaçados de fornecimento". Não é uma lista de elementos raros ou "ameaçados de esgotamento", mas daqueles elementos mais importantes economicamente com risco de sofrerem quebra na cadeia de fornecimento global. "A lista dá uma indicação do risco relativo para o fornecimento dos elementos químicos ou grupos de elementos que precisamos para manter nossa economia e nosso estilo de vida," afirma o órgão britânico, em tom pouco diplomático. A posição de cada elemento na lista é determinada por fatores que podem impactar sua oferta, incluindo a abundância de cada elemento na crosta terrestre, a localização da produção e das reservas atuais, e a estabilidade política desses locais. Minerais tecnológicos Os dados destacam a importância da China na mineração mundial, sobretudo nesta área dos chamados "minerais tecnológicos". O Brasil está presente entre os elementos com sinal vermelho, graças ao nióbio - o país fornece quase a totalidade do nióbio do mundo, um elemento importante na indústria do aço, eletrônica, supercondutores e até dos experimentos com a fusão nuclear. A lista é encabeçada por minerais como as terras raras, grupo da platina, o nióbio e o tungstênio. Segundo os organizadores da lista, não há nenhum risco de esgotamento das reservas de nenhum dos minerais listados, sendo que os maiores riscos ao fornecimento são "fatores de risco humanos" - geopolítica e nacionalismo - e acidentes.