segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ponte solar vai gerar quase 1 MW de energia


Ponte solar

Começou a ser construída em Londres, no Reino Unido, a maior ponte solar do mundo.

A ponte vitoriana sobre o rio Tâmisa, construída em 1886, será transformada na fundação da estação Blackfriars.

Sobre ela, a empresa japonesa Sanyo está instalando 4.400 painéis solares fotovoltaicos, criando uma usina solar capaz de gerar 1,1 MW de energia.

Os painéis estão sendo instalados na forma de um teto de 6.000 metros quadrados.

Usina solar

Em média, os engenheiros calculam que a ponte solar deverá gerar 900.000 kWh de energia, suprindo 50% do consumo da estação e reduzindo as emissões de carbono em 511 toneladas por ano.

Outras técnicas ambientalmente corretas que estão sendo instaladas na estação incluem um sistema de coleta de água da chuva, para uso nos banheiros e na limpeza, e "tubos solares", para captar a luz do Sol e direcioná-la para a iluminação interna.

UE só assinará novo Protocolo de Kyoto se EUA e China aderirem


Ministros de Meio Ambiente de países que pertencem à União Europeia sinalizaram nesta segunda-feira que seus governos pretendem assinar um segundo Protocolo de Kyoto se as nações mais poluentes também o fizerem --no caso, os Estados Unidos, a China e a Índia.

Entenda importância do Protocolo de Kyoto contra o efeito estufa

A linha de ação que será adotada pela UE na próxima conferência mundial sobre mudanças climáticas --marcada para novembro em Durban, na África do Sul-- foi acordada em uma reunião que acontece nesta semana em Luxemburgo.

"Qual a razão de se manter algo vivo se você está lá sozinho?", disse à agência de notícias Reuters o comissário de Ambiente da UE, Connie Hedegaard.

Ele comentou que deve haver maior colaboração dos países mais poluentes, que respondem por 89% das emissões, contra os 11% dos países da UE.

O Protocolo de Kyoto em vigor, que prevê medidas de combate contra o aquecimento global, vai expirar em 2012 e até o momento não possui nenhum novo texto formulado.

Os EUA são um dos países poluentes que assinaram o Protocolo de Kyoto, mas nunca ratificaram sua participação, motivo pelo qual é criticado mundialmente. As nações em desenvolvimento também foram excluídas do pacto original de 1997, mas hoje se enquadram entre os poluentes.

Na metade deste ano, representantes de 180 países se reuniram para tratar de Kyoto, mas
não houve avanços nas duas semanas de conversações e o assunto mais uma vez foi postergado sem solução.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Entenda a polêmica envolvendo o novo Código Florestal


A polêmica em torno do projeto de lei que estabelece o novo Código Florestal emperra sua votação na Câmara dos Deputados. De um lado, os ruralistas defendem as mudanças propostas pelo governo. Do outro, os ambientalistas apontam riscos do crescimento de florestas desmatadas e de prejuízos ao meio ambiente. A votação foi suspensa no último dia 12 de maio, sem prazo para voltar à pauta.

O Código Florestal, em vigor desde 1965, reúne um conjunto de leis que visam à preservação das florestas. Porém, ele não foi seguido pela maioria dos produtores rurais. Estima-se que 90% estejam em condições irregulares. O principal objetivo das mudanças é regularizar a situação desses produtores.

Os três principais pontos em discussão são:

APPs (Áreas de Preservação Permanente): são áreas de vegetação nativa nas margens de rios e encostas de morros que devem ser preservadas. O projeto prevê uma diminuição da faixa mínima a ser mantida pelos produtores rurais e a permissão de determinadas culturas em morros.

RL (Reserva Legal): são trechos de vegetação nativa localizados dentro de propriedades rurais. As mudanças na lei beneficiam pequenos proprietários, que ficarão isentos de reflorestar áreas desmatadas.

Anistia: o novo Código propõe suspender a multa e sanções aplicadas a proprietários rurais até 22 de julho de 2008 - data em que entrou em vigor o decreto regulamentando a Lei de Crimes Ambientais.

O acidente nuclear do Japão


Existem hoje cerca de 450 reatores nucleares, que produzem aproximadamente 15% da energia elétrica mundial. A maioria deles está nos Estados Unidos, na França, no Japão e nos países da ex-União Soviética. Somente no Japão há 55 deles.

A "idade de ouro" da energia nuclear foi a década de 1970, em que cerca de 30 reatores novos eram postos em funcionamento por ano. A partir da década de 1980, a energia nuclear estagnou após os acidentes nucleares de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979, e de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Uma das razões para essa estagnação foi o aumento do custo dos reatores, provocado pela necessidade de melhorar a sua segurança. Com a queda do custo dos combustíveis fósseis na década de 1980, eles ficaram ainda menos competitivos. O custo da instalação de um reator nuclear triplicou entre 1985 e 1990.

Temos agora o terceiro grande acidente nuclear, desta vez no Japão, que certamente vai levar a uma reavaliação das vantagens e desvantagens de utilizar reatores nucleares.

Vejamos quais são os fatos, as causas e consequências do acidente nuclear japonês.

Os fatos são bastante claros: o sistema de resfriamento deixou de funcionar após os terremotos e o núcleo do reator onde se encontra o urânio começou a fundir, produzindo uma nuvem de materiais radioativos que escapou do edifício do reator, contaminando a região em torno dele. Além disso, o calor do reator decompôs a água em hidrogênio e oxigênio, o que provocou uma explosão do hidrogênio que derrubou parte do edifício. A quantidade de radioatividade liberada ainda não é conhecida, mas poderia ser muito grande (como em Chernobyl) se o reator não fosse protegido por um envoltório protetor de aço. O reator de Chernobyl não tinha essa proteção.

As causas do acidente são menos claras: a primeira explicação foi a de que, com o "apagão" causado pelo terremoto, os sistemas de emergência (geradores usando óleo diesel), que deveriam entrar em funcionamento e garantir que o sistema de resfriamento do reator continuasse a funcionar, falharam. A temperatura subiu muito e o núcleo do reator começou a fundir, como aconteceu no reator de Three Mile Island, nos Estados Unidos. Essa explicação provavelmente é incompleta; é bem provável que parte da tubulação de resfriamento tenha sido danificada, impedindo a circulação da água.

O que se aprende com essa sucessão de eventos é que sistemas complexos como reatores nucleares são vulneráveis e é impossível prever toda e qualquer espécie de acidente. Em Three Mile Island não houve nem terremoto nem tsunami, e nem por isso o sistema de refrigeração deixou de falhar.

A principal consequência do acidente nuclear no Japão é o abalo da convicção apregoada pelos entusiastas da energia nuclear de que ela é totalmente segura. Tal convicção é agora objeto de reavaliação em vários países e certamente também o será no Brasil.

Essa reavaliação envolve três componentes.

Em primeiro lugar, considerações econômicas: a competitividade da energia elétrica produzida em reatores nucleares comparada com eletricidade produzida a partir de carvão ou gás é desfavorável a ela. Ainda assim, ela se justificaria porque o uso de carvão ou gás para geração de eletricidade resulta na emissão de gases responsáveis pelo aquecimento da Terra, principalmente o dióxido de carbono. Em funcionamento normal, reatores não emitem esse gás. A competitividade da energia nuclear poderia melhorar se a emissão de carbono fosse taxada.

Em segundo lugar, considerações de segurança no suprimento de energia. A produção de eletricidade em reatores nucleares torna certos países menos dependentes de importações de carvão ou de gás natural - caso do Japão e da França -, mas, em contrapartida, torna-os dependentes da produção de urânio enriquecido ou da sua importação.

Em terceiro lugar, riscos de natureza ambiental e de proteção à vida humana resultantes da radioatividade. Este parece ser o "calcanhar de aquiles" da energia nuclear. Outras formas de produção de eletricidade também oferecem riscos, que vão desde a mineração do carvão até usinas hidrelétricas que, ao se romperem, podem acarretar mortes e outros problemas, como o deslocamento de populações. No entanto, a radioatividade que é liberada em acidentes nucleares causa não só mortes imediatas (como aconteceu em Chernobyl), mas também doenças - inclusive o câncer - que só se manifestam anos após as pessoas terem recebido doses altas de radioatividade.

Escolher a fonte de energia mais adequada depende, pois, de uma comparação entre os benefícios, os custos e riscos que ela provoca e envolve.

Diferentes países têm feito escolhas diferentes e vários deles, na Europa, decidiram no passado excluir a energia nuclear do seu sistema, como a Itália, a Suécia e outros. Já outros, como o Japão e a França, fizeram a opção oposta.

Após 25 anos sem acidentes nucleares de grande vulto, a confiança na segurança de reatores aumentou e houve um esforço para estimular um "renascimento nuclear" com apoio governamental, principalmente nos Estados Unidos.

O acidente nuclear do Japão destruiu essa credibilidade e reviveu todos os problemas já esquecidos que reatores nucleares podem trazer. E também provocou uma reanálise de interesse em expandir a energia nuclear como solução na Europa e nos Estados Unidos.

Essa reavaliação é particularmente importante para os países em desenvolvimento, como o Brasil, que tem outras opções - melhores sob todos os pontos de vista - além da energia nuclear para a produção de eletricidade, que são as energias renováveis, como a hidrelétrica, a eólica e a energia de biomassa.

PROFESSOR DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)

ÁGUA


Em nosso planeta esta molécula, H2O, ocorre em enormes quantidades, grande parte encontra-se depositada nos oceanos que cobrem cerca de 71% da crosta terrestre, os oceanos têm uma profundidade média de seis quilômetros,percebemos assim a enorme abundância desta molécula em nosso planeta.

Esta grande quantidade de água caiu dos céus quando o calor da terra ainda em formação quebrava moléculas de minerais como a mica, liberando átomos de oxigênio e hidrogênio, que se combinavam formando esta surpreendente molécula. Mais tarde as moléculas eram trazidas a superfície em rios de lava e, por conseguinte, evaporavam na forma de vapor de água. Pode-se inferir que nossos oceanos já foram um dia rochas do nosso planeta.

Anteriormente denominei a água de surpreendente molécula, este título deve-se a algumas características incomuns quando a comparamos a outras moléculas semelhantes, talvez sua propriedade mais incomum seja ser um líquido a temperatura ambiente. Por se tratar de uma molécula tão pequena se esperava que seu estado a temperatura ambiente fosse um gasoso, como a amônia e o metano, mais ainda como seu parente mais próximo o sulfeto de hidrogênio (H2S). O fato de a água ser líquida decorre de características dos átomos que a compõe: o tamanho do hidrogênio e os pares isolados do oxigênio, somados a grande capacidade do átomo de oxigênio de atrair elétrons.

As características dos átomos que compõe a molécula de água fazem com que as moléculas fiquem “amarradas” umas as outras pelo que chamamos de pontes de hidrogênio. Uma molécula de água pode se ligar a outras quatro e assim sucessivamente formando uma grande rede de ligações de hidrogênio, o resultado é que estas moléculas permanecem unidas constituindo um líquido fluido, ao invés de se moverem livremente como as moléculas de um gás.

Outra característica surpreendente da água é a de se congelar a uma temperatura relativamente alta, também resultado da força das suas ligações intermoleculares (ligações entre moléculas). Sua singularidade não se limita apenas ao que já foi falado, vale destacar que a maioria dos sólidos é mais denso que o líquido do qual se condensaram, mais o gelo a 0°C é menos denso que a água a mesma temperatura. Como resultados têm-se icebergs, lagos em que apenas uma fina camada na superfície congela; mantendo grande parte da água no abaixo no estado líquido mesmo a temperaturas inferiores ao seu ponto de congelamento, podendo assim manter-se viva a vida aquática no interior destes lagos. Este fenômeno também se deve as pontes de hidrogênio, porém ao contrário do que se pode pensar a água no estado sólido contém um número bem menor de pontes de hidrogênio, a estrutura do sólido termina sendo mais aberta que a do líquido, como resultado o sólido é menos denso.

Os três estados físicos da água estão presentes em grande quantidade no nosso planeta, porém apenas uma pequena parte é adequada ao consumo humano, 97% é água salgada, 75% da água que não é salgada encontra-se congelada nos pólos. O restante apenas 1% é potável, porém sua grande maioria está a altas profundidades no subsolo, temos então apenas 0,05% da água acessível para o nosso consumo, é a água que flui pelos lagos e rios. Antigos reservatórios de água estão sendo explorados através de poços, porém esta água não é restituída, tornando-se assim ainda mais inacessível.

A água é essencial a vida, logo fornece um meio perfeito para o transporte nas células, pode transportar moléculas para dentro e para fora da célula. O transporte de outras moléculas vai desde o transporte de moléculas orgânicas, como a glicose, a íons como sódio, potássio e cálcio; essências para o funcionamento do nosso organismo.

Esta molécula muitas vezes chamada de solvente universal, felizmente não pode dissolver tudo, posto que se pudesse dissolver o fosfato de cálcio dos nossos ossos, provavelmente não sobreviveríamos. Todavia é um grande solvente mistura-se com o álcool, como pode ser visto no vinho, na cerveja e na cachaça, pois forma pontes de hidrogênio com a molécula de álcool. Dissolve o açúcar pelas mesmas razões, além de sólidos iônicos como o sal e outros minerais.

A cor da água pura, um azul-pálido que pode ser observado a uma espessura superior a dois metros e contra um fundo branco, deve-se também as pontes de hidrogênio, como as moléculas estão ligadas entre si a vibração de uma empurra a molécula vizinha e isso faz com que a radiação na cor vermelha seja absorvida liberando assim uma tonalidade azulada. Muitas vezes vemos esta cor azulada em grandes formações de gelo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Tabela periódica recebe dois novos elementos químicos


Dois novos elementos foram aceitos oficialmente e passam a integrar a tabela periódica. O reconhecimento veio das uniões internacionais de química e física puras e aplicadas (respectivamente Iupac e Iupap, nas siglas em inglês), que têm um grupo conjunto de estudos para avaliar as pesquisas feitas nessa área e regular os resultados.
Os dois elementos têm como número atômico – que designa o número de prótons em cada átomo – 114 e 116. Todos os elementos com número atômico de até 112 já eram reconhecidos. Há pesquisas alegando a descoberta dos elementos de número 113, 115, 117 e 118, mas eles ainda não foram aprovados pelo grupo de estudos da Iupac e da Iupap.

A recente descoberta foi creditada a cientistas dos laboratórios de Dubna, na Rússia, e Lawrence Livermore, nos EUA. Eles poderão sugerir os nomes dos novos elementos, e a proposta passa por um processo de avaliação. Segundo John Corish, da Iupac, os nomes devem ser escolhidos em cerca de seis meses. Até lá, eles serão chamados provisoriamente de ununquádio e ununhéxio, em referência a seus números.

Os elementos descobertos não existem na natureza, foram criados em laboratório – como todos os que têm número atômico superior a 94. São radioativos, extremamente pesados e instáveis; se dividem em outros elementos em frações de segundo.

“Não há aplicação prática, é uma questão de curiosidade”, disse o professor da pós-graduação em química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sobre as pesquisas que desenvolvem novos elementos. O pesquisador citou ainda a “teoria da estabilidade”, que acredita que, por volta do número atômico 120, haverá elementos que se mantenham por mais que frações de segundo e, por isso, poderão ser mais bem observados.

Contaminação por chumbo atinge 103 crianças na China


Uma contaminação por chumbo proveniente de fábricas de papel alumínio no leste da China envenenou gravemente 103 crianças e atingiu centenas de outros moradores no último caso relatado sobre toxinas industriais, reportou neste domingo (12) a agência oficial de notícias Xinhua.

Cerca de 12 crianças estão recebendo tratamento hospitalar por conta da intoxicação. Exames feitos em habitantes abaixo de 14 anos no município de Yangxunqiao, província de Zhejiang, detectaram a presença de 250 microgramas ou mais de chumbo por litro de sangue.

Outros 26 adultos foram identificados como caso de "envenenamento grave, com mais de 600 microgramas por litro de sangue", disse a agência, citando autoridades locais de saúde.

Além desses, cerca de 500 moradores da cidade foram diagnosticados com envenenamento moderado, com nível de 400 a 600 microgramas de chumbo por litro de sangue. "Trabalhadores e parentes, incluindo crianças, estão constantemente expostos a esses materiais em fábricas familiares", informou a Xinhua.

Em Yangxunqiao, 25 fábricas suspenderam a produção. A cidade abrange, ainda, cerca de 200 plantas que produzem folhas de estanho e empregam mais de 2.500 pessoas. A maioria dos trabalhadores nas unidades de papel alumínio são migrantes de regiões mais pobres, segundo a agência estatal.

Essa contaminação na China é o último registro de um problema que tem atingido muitas cidades e vilas do país, onde os moradores vivem muitas vezes a poucos metros de fábricas mal regulamentadas, que competem entre si para produzir mais barato. O crescimento industrial chinês, porém, tem esbarrado em uma preocupação cada vez maior das pessoas com a saúde.

A contaminação por chumbo pode ocorrer por exposição regular a pequenas quantidades desse metal pesado, que danifica os sistemas nervoso e reprodutor e os rins, além de causar pressão alta e anemia. A substância é especialmente prejudicial às crianças e pode levar a dificuldades de aprendizagem e problemas comportamentais.

O ministério do Meio Ambiente chinês pediu medidas urgentes para combater a intoxicação por chumbo, visto que casos de envenenamento em massa criam uma revolta popular generalizada. Mas Pequim tem falhado em combinar o compromisso de banir a contaminação com os recursos e a vontade política para cumprir essas exigências, já que as autoridades locais colocam faturamento, crescimento e empregos à frente da proteção ambiental e da saúde pública.

A China é o maior consumidor mundial de chumbo refinado, e a produção de baterias é responsável por 70% desse consumo, que este ano deve subir para 4,1 milhões de toneladas.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Os caminhos Químico do AMOR


Com certeza todos nós já ouvimos alguém falar a frase “Rolou uma química entre nós” ou algo semelhante. Mas será mesmo que existe uma explicação científica para o amor?

O sentimento não afeta só o nosso ego de forma figurada, mas está presente de forma mais concreta, produz reações visíveis em nosso corpo inteiro. Se não fosse assim como explicar as mãos suando, coração acelerado, respiração pesada, olhar perdido (tipo “peixe morto”), o ficar rubro quando se está perto do ser amado?

Afinal, o amor tem algo a ver com a Química? Na verdade o amor é química! Todos os sintomas relatados acima têm uma explicação científica: são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão: adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas.

A dopamina é considerada o “elemento químico do prazer”, que produz a sensação de felicidade. A norepinefrina é o hormônio responsável pelo desejo sexual entre um casal, é semelhante à adrenalina e causa a aceleração do coração e a excitação. De acordo com Helen Fisher, antropóloga e pesquisadora do amor da Universidade Rutgers, estes dois elementos juntos causam elevação, energia intensa, falta de sono, paixão, perda de apetite e foco único. Ela também afirma que “O corpo humano lança o coquetel do êxtase do amor apenas quando encontramos certas condições e… os homens produzem esse coquetel com mais facilidade, por causa de sua natureza mais visual”.

Os pesquisadores estão usando exames de ressonância magnética para analisar o cérebro das pessoas enquanto elas observam a fotografia de quem amam. Segundo Helen Fisher, famosa antropóloga e pesquisadora da Universidade Rutgers, o que eles vêem nessas imagens durante a fase “não-penso-em-outra-coisa” do amor – a fase da atração – é o direcionamento biológico de focar em uma única pessoa. As imagens mostraram um aumento no fluxo de sangue nas áreas do cérebro com altas concentrações de receptores de dopamina, substância associada aos estágios de euforia, paixão e vício. Os altos níveis de dopamina também estão associados à norepinefrina, que aumenta a atenção, memória de curto prazo, hiperatividade, falta de sono e comportamento orientado. Em outras palavras, casais nessa fase se concentram muito no relacionamento e deixam de lado todo o resto.

Outra possível explicação para o foco intenso e a idealização que ocorrem na fase da atração vem dos pesquisadores do University College, em Londres. Eles descobriram que as pessoas apaixonadas têm níveis mais baixos de serotonina e os circuitos nervosos associados à avaliação dos outros são reprimidos. Esses níveis mais baixos de serotonina são os mesmos encontrados em pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo, o que pode ser a explicação da obsessão que os apaixonados têm por seus parceiros.

E por que o amor esfria?

Acontece que essa sensação pode não durar muito tempo, neste ponto os casais têm a impressão que o amor esfriou. Com o passar do tempo o organismo vai se acostumando e adquirindo resistência, passa a necessitar de doses cada vez maiores de substâncias químicas para provocar as mesmas sensações do início. É aí que entra os hormônios ocitocina e vasopressina, são eles os responsáveis pela atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura, afinal, o amor é eterno (ou não, rsrsrs)!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O tempo é real ou é uma ilusão?


A realidade do tempo

Muitos físicos argumentam que o tempo é uma ilusão. Lee Smolin prefere discordar.

E se o tempo for mesmo algo real?

Se você não é um físico teórico, a pergunta colocada por Smolin pode soar como uma grande bobagem, como se alguém lhe perguntasse: "E se os seus sapatos e meias fossem reais?"

Afinal, você os usa todos os dias, assim, como não poderiam ser reais?

Dentro do mundo da física fundamental, porém, a noção de que o tempo possa ser real é praticamente radical.

A sensação do tempo

Sim, como seres humanos, vivenciamos o tempo como uma coisa que flui; nós marcamos uma linha divisória entre o passado imutável e o futuro ainda a ser escrito; e nós acreditamos que vivemos em um momento especial que chamamos de presente, que está sendo constantemente atualizado.

Ainda de acordo com a sabedoria convencional - ou, pelo menos, de acordo com aquele tipo peculiar de sabedoria pouco convencional que governa a física quântica e a cosmologia - o tempo é uma ilusão que emerge de uma física mais profunda.

Nesse ponto de vista, o tempo é uma representação ficcional para o comportamento em larga escala de algo mais fundamental.

"É comum na filosofia e na ciência presumir que as coisas que são mais profundas e mais verdadeiras sobre o mundo estão fora do tempo," resume Smolin, físico teórico do Instituto Perimeter em, Ontário, no Canadá. "A questão fundamental é, o tempo é real ou é uma ilusão? Nós experimentamos a vida como uma sequência de momentos, mas é assim que o mundo realmente é?"

"Não há dúvida de que o tempo existe, nós o usamos todos os dias," acrescenta Sean Carroll, físico do Instituto de Tecnologia da Califórnia. "Mas não temos certeza se o tempo é realmente fundamental, se é uma parte necessária de uma compreensão profunda da física, ou se é apenas uma aproximação útil."

A realidade do tempo

Smolin prefere continuar defendendo a realidade do tempo.

Mas, para isso, ele deve superar um grande obstáculo: as teorias da relatividade especial e geral parecem implicar o oposto.

Na visão clássica de Newton, a física funciona obedecendo ao tique-taque de um relógio universal invisível.

Mas Einstein descartou esse relógio-mestre quando, em sua teoria da relatividade especial, ele argumentou que não há dois eventos verdadeiramente simultâneos a menos que entre eles haja uma relação de causalidade.

Se a simultaneidade - a noção do "agora" - é relativa, o relógio universal deve ser uma ficção, e o próprio tempo é uma aproximação para o movimento e a mudança dos objetos no universo. O tempo está literalmente descartado da equação.

Embora tenha passado grande parte de sua carreira explorando as facetas de um Universo atemporal, Smolin se convenceu de que isto está "profundamente errado", diz ele. Ele agora acredita que o tempo é mais do que apenas uma aproximação útil, que ele é tão real quanto a fome que sentimos nos diz que é, mais real, na verdade, do que o próprio espaço.

Física quântica e relatividade geral

A noção de um "tempo real e global" é a hipótese de partida para os novos trabalhos de Smolin, que ele vai realizar este ano com a ajuda de dois estudantes de pós-graduação, financiado pelo Instituto FQXi, uma entidade sem fins lucrativos cuja proposta é discutir as questões fundamentais da física e do Universo.

Smolin espera que este estudo possa permitir-lhe superar um dos maiores problemas não resolvidos da física e da cosmologia - unir as leis da física quântica com as leis da relatividade geral.

A física quântica funciona maravilhosamente bem quando aplicada aos átomos e suas partes constituintes; a relatividade geral é uma descrição testada e comprovada do espaço-tempo na escala macro dos planetas, estrelas e galáxias.

Quando estes dois conjuntos de leis se encontram, porém, como devem fazer para descrever o que acontece dentro de um buraco negro ou como o universo era na época do Big Bang, surge o conflito e o desentendimento.

Poderia o tempo ser a linha que irá costurá-las em uma peça única?
O tempo é real ou é uma ilusão?
O Telescópio de Raios Gama Fermi revela emissões brilhantes no céu: poderiam essas emissões revelar a verdade sobre o tempo? [Imagem: NASA/DOE/Intl. LAT Team]

Relógio cósmico

Smolin espera que o levar o tempo a sério vai ajudar a desvendar o que aconteceu no cosmo primordial.

Até agora, é difícil distinguir as leis da natureza atuais das condições iniciais do universo - Em comparação, é fácil distinguir entre dois experimentos no laboratório porque estes testes podem ser repetidos com diferentes condições de partida. Os cosmólogos, entretanto, não podem reinicializar o universo.

Se ele puder lidar com as leis da física com a ajuda de um relógio cósmico fundamental, Smolin pode examinar a possibilidade de que essas leis possam ter sido diferentes no passado. A ideia de que as leis da física podem evoluir com o tempo só faz sentido num quadro em que o tempo é fundamental, afirma ele.

Para entender o porquê, imagine um jogo de futebol no qual as regras são programadas para mudar a cada minuto. Se o próprio relógio não for fundamental, mas também for governado por essas regras flutuantes, os pobres jogadores e árbitros estariam presos em um loop lógico infinito.

As idéias de Smolin podem ser pouco convencionais, mas outros cientistas admiram suas tentativas para salvar o tempo.

"Não fazer isso é negar os dados mais fundamentais que coletamos na vida diária - que estão na base da nossa capacidade de realizar experimentos e analisar teorias," diz George Ellis, um matemático da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.

Entretanto, Carlo Rovelli, um físico da Universidade de Marselha, na França, é de opinião contrária: "Nós não devemos forçar as teorias à nossa intuição: nós mudamos a intuição para entender as teorias."

Além da filosofia

Smolin tem consciência de que suas teorias devem ser mais do que filosoficamente agradáveis para que possam ser consideradas científicas.

Ele observa que os astrônomos já estão usando telescópios de raios gama e observatórios de raios cósmicos para investigar se as leis da relatividade especial ainda se mantêm sob energias extremas. Esses experimentos produziram resultados que restringem algumas teorias quânticas da gravidade.

"Embora eles não resolvam a questão de saber se o tempo é real," diz Smolin, "esses experimentos limitam as opções para teorizações sobre a natureza do tempo."

Brasil tem uma das maiores reservas de terras raras do planeta


O Brasil pode ser dono de uma das maiores reservas de terras raras do planeta, mas, hoje, praticamente não explora esses recursos minerais.

As terras raras são usadas em superimãs, telas de tablets, computadores e celulares, no processo de produção da gasolina, e em painéis solares.

Estimativas da agência Serviços Geológico Norte-Americano (USGS), apontam que as reservas brasileiras podem chegar a 3,5 bilhões de toneladas de terras raras.

De olho no potencial brasileiro, a Fundação Certi, de Santa Catarina, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, e Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Rio de Janeiro, estão se articulando para dar apoio à iniciativa privada, caso o Brasil decida explorar esses recursos minerais e entrar no mercado.

Reservas de terras raras

Um mercado hoje inteiramente dominado pela China, responsável por 95% da produção e dona de 36% das reservas conhecidas. O valor do mercado mundial dos óxidos de terras raras é da ordem de US$ 5 bilhões anuais.

"Estamos nos estruturando para, caso alguém se interesse por entrar na mineração, a gente poder apoiar as iniciativas. Temos alguns projetos de pesquisa, mas começamos devagar porque se não amadurecer a mineração de terras raras no Brasil, não tem sentido a gente investir em pesquisa e desenvolvimento para exploração e produção", afirma Fernando Landgraf, diretor de inovação do IPT.

Como parte da ação das entidades acadêmicas de colocar o assunto em discussão e contribuir para o debate, Landgraf publicou um artigo no jornal Valor Econômico no dia 13 de abril, chamando a atenção para o potencial brasileiro.

Nos 3,5 bilhões de toneladas de terras raras, após os processos industriais que concentram e separam os elementos químicos que ocorrem de forma agregada nos minérios, há 52,6 milhões de toneladas de metal.

Essa estimativa do USGS consta no documento Os principais depósitos de elementos terras rara nos EUA - Um resumo dos depósitos domésticos e uma perspectiva global.

Com base em dados do geólogo da CPRM, Miguel Martins de Souza, publicados em revista científica especializada, a USGS calculou também que a reserva de 2,9 bilhões de toneladas de terras raras na mina de Seis Lagos, na Amazônia, resultaria em 43,5 milhões de toneladas de metal contido.

Em Araxá, Minas Gerais, em uma mina explorada pela Vale, haveria o segundo maior depósito brasileiro: a estimativa dada pelo documento é de 450 milhões de toneladas de terras raras e 8,1 milhões de metal contido para essa mina.

Terras raras

As terras raras são 17 elementos químicos muito parecidos, mas que diferem no número de elétrons em uma das camadas da eletrosfera do átomo. São agrupadas em uma família na tabela periódica porque ocorrem juntos na natureza e são quimicamente muito parecidos.

Também têm como característica comum os nomes complicados: lantânio, neodímio, cério, praseodímio, promécio, samário, európio, gadolínio, térbio, disprósio, hólmio, érbio, túlio, itérbio, escândio e lutécio.

Apesar do nome sugerir, esses metais não são tão raros como o ouro, por exemplo.

Se, até poucos anos atrás, não compensava para o Brasil entrar no setor, por não haver condições de competição com a China, o potencial das reservas brasileiras e o aumento dos preços das terras raras no mercado internacional podem tornar o negócio economicamente viável, defende o diretor do IPT.

Tendência: O futuro dos leitores eletrônicos

Preços em disparada

Em média, os preços das terras raras no mercado internacional praticamente triplicaram nos últimos anos, segundo Landgraf.

O óxido de neodímio, que em janeiro de 2009 custava US$ 15 o quilograma, em janeiro de 2011 atingiu o valor de US$ 150 o quilograma.

"Na hora em que o preço sobe tanto, o que não era economicamente viável há três anos pode se tornar viável no presente. E o Brasil está na posição de ter a maior reserva de terras raras no planeta", aponta.

Algumas reservas do Brasil são bem conhecidas, particularmente as de fosfato em Poços de Caldas, Araxá e Catalão. As terras raras estão contidas nos rejeitos da mineração de fosfato. "São minas que não estão mais na fase de pesquisa mineral, mas de pesquisa de viabilidade econômica: sabemos quanto tem, mas é viável economicamente concentrar?", explica Landgraf.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Bactéria infesta alimentos no norte da Alemanha


As autoridades sanitárias alemãs alertaram na quarta-feira (25) sobre um surto de infecções causado pela bactéria Escherichia coli, que matou pelo menos duas pessoas e deixou outras 214 doentes em Hamburgo, no norte do país.

O ministério da Agricultura (BMELV, na sigla em alemão) recomendou cuidado aos moradores da região norte da Alemanha ao consumirem vegetais crus como pepinos, tomates e alfaces.

Segundo o Instituto Robert Koch, órgão ligado ao ministério e responsável pela prevenção e controle de doenças no país, o subtipo da bactéria é o enterohemorrágico (EHEC, na sigla em inglês).

A Escherichia coli é comum no intestino dos humanos, mas o subtipo EHEC pode trazer anemias e insuficiências renais agudas.

Exemplares da bactéria EHEC, vistos com microscopia eletrônica. (Foto: Manfred Rohde / HZI / Reuters)

Ao contrair a bactéria, os pacientes apresentaram sintomas da síndrome hemolítico-urêmica (HUS, na sigla em inglês). Essa doença é marcada por fortes diarreias com sangue e lesões graves nos rins. A síndrome acontece por uma diminuição no número de plaquetas - estruturas responsáveis pela coagulação no corpo - e pela destruição das células vermelhas (hemácias) no sangue.

A preocupação dos especialistas do instituto está no fato da contaminação ter ocorrido em apenas 15 dias. Comum em crianças, dessa vez a maior parte das infecções ocorreu em mulheres adultas. Durante o ano de 2010, foram apenas 65 casos de contágio pela bactéria, com duas mortes confirmadas.

O instituto ainda informa que a bactéria é resistente a antibióticos fortes como as cefalosporinas de terceira geração, mas este fato não é clinicamente relevante, já que os casos de síndrome hemolítico-urêmica não devem ser tratados com antibióticos.

As autoridades alemãs recomendam o cozimento de verduras por, no mínimo, 10 minutos. A bactéria também pode entrar no organismo pelo consumo de carne crua e leite.

domingo, 29 de maio de 2011

Veja os efeitos do oxi no corpo humano


O Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal prepara um estudo para entender melhor as características de uma nova droga que chegou ao país em 2011: o oxi. Os resultados só devem ser divulgados no início de junho, mas por enquanto os médicos e químicos já sabem algumas coisas. Por exemplo: a droga é uma versão potente e perigosa da cocaína.

As primeiras apreensões aconteceram no Acre, mas o tóxico já chegou ao Rio Grande do Sul e passou por São Paulo.

A droga é um derivado da cocaína em forma de pedra, para ser fumado -- como o crack. O psicofarmacologista Elisaldo Carlini explica que é preciso adicionar um solvente e uma substância de caráter básico (o contrário de ácido, neste sentido) à pasta base para fazer tanto o crack quanto o oxi.

diferença entre as duas drogas está no quê exatamente é utilizado. No crack: éter, acetona e bicarbonato de sódio. No oxi, até onde se sabe, gasolina, querosene e cal virgem.

“Os compostos usados no crack são menos agressivos”, resume Carlini, que é professor titular de pós-graduação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid).

Os ingredientes mais tóxicos usados na fabricação do oxi são também mais baratos.

“O dependente químico nem sempre tem escolha”, argumenta a especialista em dependência química Ana Cristina Fulini, coordenadora terapêutica da clínica Maia Prime.

Ela diz que, muitas vezes, o usuário aceita qualquer produto, e que o oxi normalmente é vendido mais para o fim da madrugada. Depois de consumir várias pedras de crack, os clientes ficam na “fissura” e compram o produto. Uma noite inteira de crack não só aumenta a necessidade do uso de mais drogas, como também acaba com o dinheiro dos dependentes. “Não duvido que alguém acabe escolhendo o oxi pelo preço”, afirma Fulini.

Toneladas de peixes morrem em lago próximo a vulcão nas Filipinas


Mais de 700 toneladas de peixes morreram em um lago nas Filipinas devido ao aumento da temperatura da água provocada pela atividade do vulcão Taal, informaram neste domingo (29) fontes oficiais.

Segundo o Escritório de Pesca e Recursos Aquáticos, desde a sexta-feira os peixes surgem flutuando em cinco povoados situados nas margens do lago Taal que rodeia o vulcão do mesmo nome, situado na província de Batangas, a cerca de 40 quilômetros ao sul de Manila.

A atividade no Taal aumentou em abril e desde então o Instituto de Vulcanologia e Sismologia das Filipinas (Philvocs) mantém declarado o alerta 2 em uma escala de 5, que indica o surgimento de magma na superfície.

As autoridades proibiram a presença humana na ilha vulcânica devido ao perigo de erupção e de gases tóxicos. Milhares de turistas visitam a cada ano o Taal e alguns percorrem caminhando até a cúpula de 400 metros para ver o lago e a fumaça que se formam.

O vulcão, que matou 1.300 pessoas em 1911 e 200 em 1965, faz parte de uma cadeia vulcânica que se estende pela região ocidental da ilha de Luzon.

domingo, 22 de maio de 2011

Buraco da Camada de Ozônio Pode Estar Melhorando


Está completando 22 anos que alguns produtos que provocam danos na camada de ozônio foram sumariamente proibidos. Pela primeira vez aparecem sinais de recuperação efetiva.


Os cientistas australianos encontraram provas que afirma que a camada de ozônio está dando sinais de recuperação, podendo ser restaurada em curto prazo. A descoberta de um buraco na camada de ozônio em cima da Antártida causou comoção global de ambientalistas e personalidades engajadas com a preservação do planeta.

Em 01 de Janeiro de 1989 foi assinado o Protocolo de Montreal, que buscava impedir que compostos como os clorofluorcarbonos fossem usados deliberadamente pelas indústrias. Estes compostos causavam grandes danos a camada de ozônio, agravando ainda mais o problema.

A camada atingiu o seu máximo tamanho de destruição na virada do século XX para o XXI, aproximadamente no ano de 2000. Os cientistas entram em consenso quando o assunto é restauração. O buraco localizado em cima da Antártida é restaurado de modo extremamente lento por causa da alta concentração de poluentes que existem no ar.

Uma ampla pesquisa feita pela Universdade de Mcquarie, na Austrália, mostrou que a camada se recuperou em 15% desde o final do século XX, dando sinais de uma possível “cura”. Os cálculos prevêem que em 2085 a camada poderá ter uma taxa de recuperação extremamente alta, mas poderá cair a cada 10 anos devido à instabilidade do clima e fatores humanos, podendo em alguns períodos cair para níveis iguais aos encontrados em 1980.

Observação: apesar da ampla divulgação da expressão “buraco”, na verdade não existe e nunca existiu buraco algum na camada de ozônio. O que ocorre de fato é um afinamento na camada espessa deste gás, sendo interpretado por alguns livros didáticos e pelos veículos de comunicação como “buraco”.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Como é criado o carbono 14



Todos os dias, raios cósmicos entram na atmosfera terrestre em grandes quantidades. Para se ter um exemplo, cada pessoa é atingida por cerca de meio milhão de raios cósmicos a cada hora. Não é nada raro um raio cósmico colidir em outro átomo na atmosfera e criar um raio cósmico secundário na forma de um nêutron energizado, e que esses nêutrons energizados, por sua vez, acabem colidindo com átomos de nitrogênio. Quando o nêutron colide, um átomo de nitrogênio 14 (com sete prótons e sete nêutrons) se transforma em um átomo de carbono 14 (seis prótons e oito nêutrons) e um átomo de hidrogênio (um próton e nenhum nêutron). O carbono 14 é radioativo e tem meia-vida de cerca de 5.700 anos.



Carbono 14 nos seres vivos

Os átomos de carbono 14 criados por raios cósmicos combinam-se com oxigênio para formar dióxido de carbono, que as plantas absorvem naturalmente e incorporam a suas fibras por meio da fotossíntese. Como os animais e humanos comem plantas, acabam ingerindo o carbono 14 também. A relação de carbono normal (carbono 12) pela de carbono 14 no ar e em todos os seres vivos mantém-se constante durante quase todo o tempo. Talvez um em cada trilhão de átomos de carbono seja um átomo de carbono 14. Os átomos de carbono 14 estão sempre decaindo, mas são substituídos por novos átomos de carbono 14, sempre em uma taxa constante. Nesse momento, seu corpo tem uma certa porcentagem de átomos de carbono 14 nele, e todas as plantas e animais vivos têm a mesma porcentagem que você.

Para maiores informações sobre raios cósmicos, meia-vida e o processo de decaimento radioativo, veja Como funciona a radiação nuclear.

Aguardem nos próximos posts como é feita a datação de um fóssil e materiais de milhares de anos.

É possível enganar o bafômetro?


Tava esses dias sem muita coisa que fazer estudando, quando deparei com a seguinte indagação, será que é possível o bafômetro ou é essa história é pra enganar leigos mito ?
Bom, na verdade é tudo mito. Primeiramente vamos a algumas exposições; o bafômetro caso alguém não saiba é um instrumento utilizado para verificar a quantidade de sangue no álcool álcool presente no ar exalado dos pulmões, que de acordo com pesquisas, tem um erro muito pequeno em relação a quantidade de álcool no sangue.
Há alguns tipos de bafômetros, mas em todos o seu funcionamento baseia-se em reações de oxidação e redução. Os mais simples são os chamados bafômetros descartáveis, mas estes apenas indicam se a pessoa está ou não acima de um limite previamente calibrado. Ah, e não é este o usado pela polícia pra pega a galera no pulo. Os aparelhos mais sofisticados, esses sim usados pela polícia por incrível que pareça, se diferenciam quanto ao tipo de detecção: há os que utilizam um sistema eletroquímico, semelhante ao das pilhas, e os que utilizam um sensor semicondutor. O último é o mais utilizado, nele o álcool é oxidado com a ajuda de um catalisador e isso acaba gerando uma corrente, que medida como voltagem passa as informações para uma central que calcula os valores de quantidade de álcool.

Mas, agora sim, vamos ao que interessa, dá pra enganar esses aparelhos? A resposta é NÃO. Papai Noel e Coelhinho da Páscoa também não existem.
Vamos aos fatos:

Carvão ativado: devido ao fato de ser muito poroso, pessoas tem fé de que ele absorveria as moléculas do álcool. Em tese isso acontece sim, mas não o suficiente para limpar barra. No máximo para ficar comendo carvão atoa.
Mascar chicletes: aí já é sacanagem, ajudam a disfarçar o hálito, mas no máximo você vai ficar com o hálito fresco, e olhe lá, porque ninguém mais acredita nessa técnica nem minha mãe acredita nisso mais.
Hiperventilação: consiste inspirar e expirar encher e esvaziar, manda ar pra dentro e soprar o ar várias vezes e com certa força e velocidade para aumentar a presença de oxigênio. Funciona no momento e se você tiver bebido pouco, muito pouco, quase nada. No mais vai pagar mico parecendo asmático ou aprendiz de mergulhador.
Tomar vinagre: igual ao chiclete, pode melhorar o hálito, e só.

Gelo: dizem que o hidrogêneo liberado pelo gelo anula a associação do álcool no ar dos pulmões. Risos, muito risos Primeiramente, para liberar hidrogêneo é necessário altas temperaturas ou correntes elétricas. O hidrogêneo para reagir com o álcool, ou seu derivados, tem que estar protonado, ai serima necessários catalisadores ou reagentes que ajudassem a converter tudo isso em algo não detectável pelo aparelho. O processo de metabolização do álcool (assunto já tratado neste blog) é bastante complexo e feito na região compreendida abaixo da boca, então como pedaços de gelo na boca ajudariam? A temperatura também não ajuda em nada, perdão, só ajuda manter a concentração do álcool, coisa que não se quer. Enfim, com essa técnica podia ganhar um resfriado, mais nada.

Enfim, fica aquela velha dica de não misturar bebida e direção. É a mais eficaz, evita transtornos, perdas físicas e econômicas.

domingo, 1 de maio de 2011

Terremotos alteram o eixo da Terra a ponto de mudar o clima?


O clima mundial não é afetado pelos deslocamentos do eixo da Terra provocados por grandes abalos sísmicos, explica Allegra N. LeGrande, do Centro de Pesquisa de Sistemas Climáticas da Universidade Columbia: “As alterações são pequenas demais”, diz ela.

Pesquisadores do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa calculam que o terremoto recente no Japão deslocou o eixo de rotação da Terra em mais de 16,5 centímetros, alterando levemente a distribuição de massa no planeta.

Porém, “alterações naturais na massa da Terra, na atmosfera e oceanos, também causam mudanças de aproximadamente 99 centímetros no eixo de rotação, todo ano”, segundo LeGrande. “Trocando em miúdos, as mudanças ligadas a terremotos são muito menores do que as alterações imperceptíveis que acabam ocorrendo todos os anos”.

De acordo com LeGrande, alterações maiores no eixo provocam mudanças climáticas. A mudança cíclica na inclinação do eixo associada a deslocamentos astronômicos, chamadas de obliquidade, tem um ciclo bastante longo, cerca de 41 mil anos, e mudam a inclinação de cerca de 22,1º para 24,5º. No presente momento, ela está ao redor de 23,4º.

Em latitudes mais altas, uma obliquidade maior significa maior irradiação anual total. Nas latitudes baixas, o oposto é válido e, nas médias, praticamente inexiste mudança. Segundo LeGrande, quando a obliquidade é elevada, as diferenças entre o equador e os polos na irradiação total e, também, na temperatura, é mais ampla, em resultado o ciclo das estações do ano se torna mais extremo. “Só que as alterações que acontecem todo ano com a obliquidade são tão minúsculas que não percebemos”.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Suécia tem cidade sem lixo


Em Borás, na Suécia, a maior parte dos resíduos sólidos gerados pela população de cerca de 64 mil habitantes é reciclada, tratada biologicamente ou transformada em energia (biogás), que abastece a maioria das casas, estabelecimentos comerciais e a frota de 59 ônibus que integram o sistema de transporte público da cidade.

Em função disso, o descarte de lixo no município sueco é quase nulo, e seu sistema de produção de biogás se tornou um dos mais avançados da Europa.

"Produzimos 3 milhões de metros cúbicos de biogás a partir de resíduos sólidos. Para atender à demanda por energia, pesquisamos resíduos que possam ser incinerados e importamos lixo de outros países para alimentar o gaseificador", disse o professor de biotecnologia da Universidade de Borás, Mohammad Taherzadeh.

Taherzadeh falou durante o encontro acadêmico internacional Resíduos sólidos urbanos e seus impactos socioambientais, realizado em São Paulo.

Promovido pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Borás, o evento reuniu pesquisadores das duas universidades e especialistas na área para discutir desafios e soluções para a gestão dos resíduos sólidos urbanos, com destaque para a experiência da cidade sueca nesse sentido.

Gestão de resíduos sólidos

De acordo com Taherzadeh, o modelo de gestão de resíduos sólidos adotado pela cidade, que integra comunidade, governo, universidade e instituições de pesquisa, começou a ser implementado a partir de meados de 1995 e ganhou maior impulso em 2002 com o estabelecimento de uma legislação que baniu a existência de aterros sanitários nos países da União Europeia.

Para atender à legislação, a cidade implantou um sistema de coleta seletiva de lixo em que os moradores separam os resíduos em diferentes categorias e os descartam em coletores espalhados em diversos pontos na cidade.

Dos pontos de coleta, os resíduos seguem para uma usina onde são separados por um processo óptico e encaminhados para reciclagem, compostagem ou incineração.

"Começamos o projeto em escala pequena, que talvez possa ser replicada em regiões metropolitanas como a de São Paulo. Outras metrópoles mundiais, como Berlim e Estocolmo, obtiveram sucesso na eliminação de aterros sanitários. O Brasil poderia aprender com a experiência europeia para desenvolver seu próprio modelo de gestão de resíduos", afirmou Taherzadeh.

Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro

Em dezembro de 2010, foi regulamentado o Plano de Gestão de Resíduos Sólidos brasileiro, que estabelece a meta de erradicar os aterros sanitários no país até 2015 e tipifica a gestão inadequada de resíduos sólidos como crime ambiental.

Com a promulgação da lei, os especialistas presentes no evento esperam que o Brasil dê um salto em questões como a compostagem e a coleta seletiva do lixo, ainda muito incipiente no país.

"Lei do lixo" prevê logística reversa e cuidados com lixo eletrônico

De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 18% dos 5.565 municípios brasileiros têm programas de coleta seletiva de lixo. Mas não se sabe exatamente o percentual da coleta seletiva de lixo em cada um desses municípios.

"Acredito que a coleta seletiva de lixo nesses municípios não atinja 3% porque, em muitos casos, são programas pontuais realizados em escolas ou pontos de entrega voluntária, que não funcionam efetivamente e que são interrompidos quando há mudanças no governo municipal", avaliou Gina Rizpah Besen, que defendeu uma tese de doutorado sobre esse tema na Faculdade de Saúde Publica da USP em fevereiro.

Coleta seletiva e reciclagem

Na região metropolitana de São Paulo, que é responsável por mais de 50% do total de resíduos sólidos gerados no estado e por quase 10% do lixo produzido no país, estima-se que o percentual de coleta seletiva e reciclagem do lixo seja de apenas 1,1%.

"É um absurdo que a cidade mais importante e rica do Brasil tenha um percentual de coleta seletiva de lixo e reciclagem tão ínfimo. Isso se deve a um modelo de gestão baseado na ideia de tratar os resíduos como mercadoria, como um campo de produção de negócios, em que o mais importante é que as empresas que trabalham com lixo ganhem dinheiro. Se tiver reciclagem, terá menos lixo e menor será o lucro das empresas", disse Raquel Rolnik, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP.

Nesse sentido, para Raquel, que é relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos humanos de moradia adequada, a questão do tratamento dos resíduos sólidos urbanos no Brasil não é de natureza tecnológica ou financeira, mas uma questão de opção política.

"Nós teríamos, claramente, condições de realizar a reciclagem e reaproveitamento do lixo, mas não estamos fazendo isso por incapacidade técnica ou de gestão e sim por uma opção política que prefere tratar o lixo como uma fonte de negócios", afirmou.

Produtos verdes

A pesquisadora também chamou a atenção para o fato de que, apesar de estar claro que não será possível viver, em escala global, com uma quantidade de produtos tão gigantesca como a que a humanidade está consumindo atualmente, as políticas de gestão de resíduos sólidos no Brasil não tratam da redução do consumo.

"O modelo de redução da pobreza adotado pelo Brasil hoje é por meio da expansão da capacidade de consumo, ou seja: integrar a população ao mercado para que elas possam cada vez mais comprar objetos. E como esses objetos serão tratados depois de descartados não é visto como um problema, mas como um campo de geração de negócios", disse.

Na avaliação de Raquel, os chamados produtos verdes ou reciclados, que surgiram como alternativas à redução da produção de resíduos, agravaram a situação na medida que se tornaram novas categorias de produtos que se somam às outras. "São mais produtos para ir para o lixo", disse.

Gaseificadores

Uma das alternativas tecnológicas para diminuir o volume de resíduos sólidos urbanos apresentada pelos participantes do evento foi a incineração em gaseificadores para transformá-los em energia, como é feito em Borás.

No Brasil, a tecnologia sofre resistência porque as primeiras plantas de incineração instaladas em estados como de São Paulo apresentaram problemas, entre os quais a produção de compostos perigosos como as dioxinas, além de gases de efeito estufa.

Entretanto, de acordo com José Goldemberg, professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP, grande parte desses problemas técnicos já foi resolvida.

"Até então, não se sabia tratar e manipular o material orgânico dos resíduos sólidos para transformá-lo em combustível fóssil. Mas, hoje, essa tecnologia já está bem desenvolvida e poderia ser utilizada para transformar a matéria orgânica do lixo brasileiro, que é maior do que em outros países, em energia renovável e alternativa ao petróleo", destacou.

Chernobyl 25 anos - Acidente é lembrado em meio a nova onda anti-nuclear

A Ucrânia lembra nesta terça-feira os 25 anos do maior acidente nuclear da História, na usina de Chernobyl, em uma cerimônia com os presidentes ucraniano, Viktor Yanukovych, e da Rússia, Dmitry Medvedev.

O aniversário do acidente ocorre em meio a uma onda global de protestos contra o uso de energia nuclear, provocada pelo recente desastre na usina de Fukushima, no Japão, atingida pelo terremoto seguido de tsunami do dia 11 de março.

A explosão do reator 4 da usina de Chernobyl, em 26 de abril de 1986, matou pelo menos 30 pessoas de forma quase imediata e gerou uma nuvem radioativa que se espalhou pela Europa.

Radiação continua

Um grande número de pessoas, até hoje não determinado, morreu posteriormente por problemas gerados pela radiação ou tiveram graves problemas de saúde.

Na época do acidente, a Ucrânia fazia parte da então União Soviética, que foi acusada de esconder o problema por vários dias, aumentando os danos provocados pelo desastre.

O acidente forçou a retirada de centenas de milhares de pessoas de suas casas na Ucrânia, no oeste da Rússia e em Belarus.

Até hoje vigora uma zona de exclusão de 30 quilômetros ao redor da usina.

Os engenheiros soviéticos tamparam o reator 4 da usina com um revestimento de concreto para limitar o vazamento radioativo. Após 25 anos, porém, uma nova camada de proteção é necessária.

No mês passado, uma conferência de doadores em Kiev, capital da Ucrânia, conseguiu arrecadar 550 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão) dos 740 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) necessários para a construção da nova cobertura e de tanques de armazenamento para combustível nuclear gasto.

Emergências nucleares

O 25º aniversário do acidente de Chernobyl ocorre menos de dois meses após a usina Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, ter sido severamente danificada pelo terremoto e pelo tsunami do dia 11 de março, reforçando as campanhas globais contra o uso da energia nuclear.

Os operadores da usina de Fukushima, a Tepco (Tokyo Electric Power Co.), também foram criticados por não divulgar rapidamente informações sobre o vazamento de radiação no local.

O presidente da Rússia, antes de embarcar para a Ucrânia, afirmou que deve haver mais transparência durante as emergências nucleares como em Chernobyl ou em Fukushima.

"Acho que nossos Estados modernos precisam ver a principal lição do que ocorreu em Chernobyl e da mais recente tragédia japonesa como a necessidade de contar a verdade às pessoas", disse ele em um encontro no Kremlin com sobreviventes do desastre de 1986.

Medvedev, Yanukovich e o patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill, participam de uma cerimônia em Kiev antes de visitar o local da usina em Chernobyl nesta terça-feira.

domingo, 24 de abril de 2011

Microalgas alimentam-se de CO2 para produzir biopetróleo


Uma grande quantidade de tubos de oito metros de altura, perto de Alicante, no leste da Espanha, macera o que pode ser o combustível do amanhã: biopetróleo produzido com as microalgas que se alimentam do anídrido carbônico lançado por uma fábrica vizinha.

Cerca de 400 tubos de cor verde escura nos quais crescem milhões de microalgas estão localizados em uma planície dessa região do leste da Espanha, perto de um cemitério, que expele CO2, um gás que é capturado e levado por meio de tubulações até a pequena fábrica de biopetróleo.

Pesquisadores franceses e espanhóis da pequena empresa Bio Fuel Systems (BFS) desenvolvem há cinco anos este projeto, ainda experimental.

Em um momento em que os industriais buscam soluções criativas como alternativas para o petróleo, a ideia é reproduzir e acelerar um processo que durou milhões de anos e permitiu a produção de petróleo fóssil.

"Tentamos simular as condições que havia há milhões de anos, quando o fitoplâncton transformou-se em petróleo. Dessa forma, obtivemos um petróleo equivalente ao petróleo atual", explica o engenheiro Eloy Chapuli.

As microalgas, procedentes de uma dezena de cepas mantidas em segredo, foram recolhidas do mar Mediterrâneo e do Oceano Atlântico.

Nos tubos, reproduzem-se em grande velocidade, desdobrando-se diariamente por fotossíntese e graças ao CO2 emitido pelo cemitério.

Todos os dias, uma parte desse líquido muito concentrado é extraída e filtrada, permitindo a obtenção de uma biomassa que produzirá petróleo. A água restante volta a ser introduzida nos tubos.

Para seus inventores, a outra grande vantagem desse sistema é que ajuda a acabar com a contaminação: absorve CO2 que, de outra forma acabaria na atmosfera.

"É um petróleo ecológico", assegura o presidente e fundador da BFS, o engenheiro francês Bernard Stroïazzo-Mougin, que trabalhou em campos petrolíferos no Oriente Médio antes de se instalar na Espanha.

A fábrica de Alicante ainda tem mais de laboratório do que de fábrica. "Ainda precisaremos de cinco a 10 anos mais para passar a uma produção industrial", assegura Stroïazzo-Mougin, que espera poder desenvolver no curto prazo um primeiro projeto em grande escala no sul da Espanha e outro na ilha portuguesa de Madeira.

"Uma unidade de cerca de 50 km por 50 km, o que não é algo muito grande nas zonas desérticas do sul da Espanha, poderia produzir em torno de 1,25 milhões de barris diários", ou seja, quase tanto como as exportações cotidianas de petróleo iraquiano, afirma o engenheiro.

A BFS, uma empresa de capital privado, busca agora negociar com "vários países para que patrocinem a instalação de campos petrolíferos artificiais", explica seu presidente.

A empresa assegura que poderá vender seus barris a um preço competitivo, apoiando-se na venda de produtos derivados, como ácidos graxos do tipo Omega 3 obtidos a partir da biomassa.

Outros projetos semelhantes estão sendo estudados em outras regiões do mundo.

Na Alemanha, o grupo estatal sueco de energia Vattenfall lançou em 2010 um projeto de absorção por meio de algas do dióxido de carbono emitido pelas centrais que funcionam com carvão.

O gigante americano do petróleo ExxonMobil previu um investimento de até 600 milhões de dólares em pesquisas destinadas a produzir petróleo a partir de algas.

Os industriais, particularmente no âmbito aeronáutico, estão interessados nessas pesquisas, nas quais esperam encontrar soluções para substituir o petróleo clássico, cada vez mais escasso e cujos preços são variáveis.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

Por Que o Céu é Azul?


Olhando da superfície da Terra, o céu assume cores diferentes dependendo da hora. Se for dia, exibe uma cor azul; se estiver no finalzinho da tarde, ganha tons avermelhados; se for noite, fica preto.
Se você já viu fotografias do espaço, percebeu que os astronautas veem o céu sempre bem escuro. Então, por que daqui debaixo nós conseguimos ver tons azuis, laranjas e vermelhos? Já parou para pensar por que isso acontece? Pois tudo isto acontece graças à forma como a luz se espalha pela atmosfera! Pode parecer estranho, mas a luz é uma forma de energia que atravessa o espaço como uma onda. Isso mesmo: uma onda! Só que uma onda bem pequenininha: para achar o comprimento de uma onda de luz solar, por exemplo, precisaríamos dividir um milímetro em mil partes iguais.

O tamanho da onda descrita por essa forma de energia determina justamente a cor que ela tem. As ondas menorzinhas são azuis; as ondas mais compridas são vermelhas. Já fez alguma experiência com um prisma? O prisma é um objeto de vidro ou cristal usado para decompor a luz solar. Você certamente ouviu falar que a luz branca é a união de todas as cores, não é mesmo? Pois a luz solar é branca justamente por ser formada por ondas de diferentes tamanhos. Com a ajuda de um prisma, conseguimos ver os feixes coloridos que a formam.
Quando a luz solar chega na Terra, encontra um obstáculo: a atmosfera, ou seja, a grande massa de ar que envolve o planeta. Ao esbarrar nas moléculas de ar, as ondas de diferentes tamanhos (e cores!) começam a se espalhar cada uma de um jeito. As ondas de menor comprimento se espalham com mais facilidade. E qual a cor da menor onda de luz? Exatamente: azul!
Este mecanismo também explica as variações de cor no céu. Além das moléculas de ar, estão em suspensão, na atmosfera, partículas de poeira. Quando essas partículas são menores que as ondas, provocam um espalhamento ainda maior da luz. As ondas de cor azul se espalham tanto, que acabam se diluindo, permitindo assim que enxerguemos ondas mais compridas como as vermelhas e as amarelas.

E agora que você já sabe porque o céu azul outra coisa que você deve estar se perguntando neste momento é : "e porquê as nuvens são brancas?", muito bem, esse será assunto para uma próxima matéria.

Tsunami do Japão já Tinha Sido Avisada Pelos Peixes


Cinco dias antes do pior terremoto da história do Japão, que aconteceu nesta sexta-feira, 11 de março, o aparecimento inexplicável de um peixe que é conhecido tradicionalmente como o "Mensageiro de Deus - Palácio do mar" preocupou alguns japoneses.


O peixe gigante pode crescer até 5 metros de comprimento e é encontrado normalmente em profundidades de 1.000 metros e, muito raramente, a 200 metros da superfície. Nas últimas semanas, 10 espécimes foram encontrados junto à costa ou em redes de pesca ao largo da província de Ishikawa. Outros têm sido relatados em Kyoto, Shimane e Nagasaki, todos no norte da costa.


Segundo a sabedoria tradicional japonesa, a subida dos peixes para a superfície e praia são para avisar de um terremoto iminente - e há teorias científicas que peixes do fundo do mar podem muito bem ser suscetíveis a movimentos de falhas sísmicas e agir de forma incaracterística antes de um terremoto - mas os especialistas aqui estão colocando mais fé em sua alta tecnologia de monitoramento constante das placas tectônicas sob a superfície.


Hiroshi Tajihi, vice-diretor do centro de terremotos Kobe Centre disse: "Nos tempos antigos, os japoneses acreditavam que peixes alertavam sobre terremotos, principalmente o "oarfish" (o peixe que se vê na foto), mas são apenas velhas superstições e não existe nenhuma relação científica entre estes avistamentos e um terremoto", disse ele.


E então o tremor de magnitude 8,9 que foi o maior do país e o 7º maior da história acabou de atingir a costa nordeste do Japão! Quando os animais avisam eles nunca erram!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Por Que as Formigas Levam Folhas Para o Formigueiro?


Aquelas que cortam e carregam folhas, são chamadas de “formigas cortadeiras” ou “formigas corta-folhas”. E ao contrário do que muitos pensam, elas não comem as folhas e tampouco as usam para fortalecer as paredes do formigueiro.

Formigas cortadeiras usam as folhas para cultivar um tipo de fungo (uma espécie de mofo) que utilizam como alimento. Isso mesmo! Dentro do ninho elas mastigam as folhas e formam uma polpa que usam como base para cultivar fungos em seus jardins subterrâneos. Os formigueiros geralmente são imensos. Os ninhos podem ter mil câmaras e se estender a profundidades de até seis metros. Lá dentro, cerca de um milhão de formigas podem estar trabalhando.

Para cultivar o fungo, são necessárias formigas pequenas e grandes. As maiores são “trabalhadoras” e saem à noite para recolher folhas, e usam suas mandíbulas longas e dotadas de ganchos para cortá-las. Depois, marcham de volta ao ninho, segurando as folhas por sobre a cabeça. Por esse motivo elas algumas vezes são chamadas de formigas guarda-chuva ou formigas guarda-sol. Dentro do ninho, formigas menores mastigam as folhas e formam uma polpa, ou pasta e colocam essa pasta sobre os fungos. Mais tarde, pequenas formigas colhem o fungo e alimentam a colônia.

Óleo de Fritura Vira Combustível no Mc Donald's


Cerca de 3 milhões de litros de óleo de cozinha são utilizados na fritura de batatas e empanados nos 580 restaurantes da rede McDonald’s no Brasil. O resíduo, que antes virava sabão, transforma-se em biodiesel, para abastecer os caminhões de entrega da rede. O projeto, em caráter experimental em 20 lojas, já produz entre 2 000 e 3 000 litros de biodiesel por mês. No próximo ano, deverá ser adotado em todas as lojas do grupo.

“Há um potencial de produzir até 2 milhões de litros de biodiesel por ano quando o programa for estendido para toda a rede”, afirma José Augusto Rodrigues dos Santos, executivo da Martin-Brower, empresa que é responsável pela ideia pioneira. Cinco caminhões de entrega fazem seu trabalho normal e também recolhem o óleo de cozinha do projeto. E também são abastecidos com o biodiesel.

VEJA QUADRO: Como o projeto funciona em detalhes

Quatro deles rodam com B20 (20% de biodiesel adicionado ao diesel comum) e um com B100 (100% de biodiesel). “Caso a iniciativa realmente funcione, vamos exportá-la para a matriz, nos Estados Unidos”, afirma o executivo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sistema dessaliniza água do mar usando energia renovável


Dessalinização alternativa

Um sistema mecânico capaz de transformar a água do mar em água potável utilizando energia renovável acaba de ser desenvolvido na Escola Politécnica (Poli) da USP.

O equipamento poderá atender a necessidade de países como Cabo Verde, na África, onde a água potável não é um recurso tão abundante.

O projeto é de autoria do engenheiro Juvenal Rocha Dias, cidadão caboverdiano, que efetuou os cálculos e medições para o trabalho durante suas pesquisas de mestrado e doutorado na Poli. A ideia surgiu justamente pela observação das necessidades de seu país de origem.

Segundo Dias, já é possível que os governos de países menos desenvolvidos pensem numa alternativa menos custosa que a técnica mais comum de dessalinização, que funciona com energia elétrica obtida a partir da queima de combustível fóssil, como o diesel.

A nova alternativa propõe ser menos nociva ao meio ambiente e pode custar menos ao poder público, no que diz respeito aos gastos com a compra de combustíveis derivados do petróleo.

Coluna de dessalinização

O sistema denominado "coluna de dessalinização" funciona basicamente como um filtro, utilizando energia eólica - fornecida pelos ventos - provinda de cata-ventos ou turbinas eólicas, e energia potencial gravitacional, que existe por conta da força da gravidade, relacionada à massa dos corpos e à altura da qual se encontram.

Dias explica que o processo de dessalinização se inicia com o bombeamento de água salgada para a parte superior de uma coluna, em formato cilíndrico, onde há um reservatório.

O peso dessa água impulsiona um êmbolo que pressiona o ar contido em uma câmara inferior do sistema. Esse ar exerce uma força sobre outro reservatório. A água contida nele é pressionada e passa por uma espécie de membrana.

A membrana é o filtro do sistema, que compõe o método conhecido como "osmose reversa". Assim, a água, antes salgada, passa pela coluna, é filtrada e transformada em água potável.

Segundo o pesquisador, a dimensão da coluna a ser construída depende do consumo de água potável desejado. Por exemplo, para a produção de 5 mil metros cúbicos (m3) de água, o que equivale, em média, à água utilizada por 10 pessoas ao longo de um dia, o sistema deve possuir cerca de 25 metros (m) de altura.

De acordo com os cálculos realizados, o consumo específico de energia no processo equivale a 2,8 kWh/m3 de água potável produzida, bem abaixo do consumo específico de energia de sistemas convencionais, que apresentam valores em torno 10 kWh/m3 de água potável produzida a partir da dessalinização da água do mar.

Custo e usos alternativos

A professora Eliane Fadigas, orientadora do estudo, diz que os possíveis gastos com a construção e instalação do sistema podem ser caros. Porém, a longo prazo, o investimento pode valer a pena, principalmente para países na situação econômica como a de Cabo Verde.

"O governo vai poder redirecionar o dinheiro que era utilizado com a compra de Diesel para outras necessidades, ligadas também à população. É evidente que tudo isso depende da vontade política", explica Eliane.

"Além de servir para transformar a água do mar em água potável, a coluna também pode ser adaptada e reprojetada para outros fins. Por exemplo, a partir do uso de filtros apropriados, o sistema pode ser utilizado para a despoluição de riachos e lagos, ou mesmo como fonte de água para uso na agricultura ou produção de energia elétrica", acrescenta a professora Eliane. "Ao idealizar o sistema, pensamos não só na questão dos gases poluentes, mas também onde poderíamos depositar o sal retirado da água. Esse 'resto' pode ser, por exemplo, devolvido para o mar de uma forma controlada", completa o engenheiro.

Limitações do projeto

Durante o estudo na Poli, o pesquisador construiu um protótipo da coluna, utilizando materiais diversos para teste, como baldes, papelão e concreto, e obteve sucesso nos testes. Segundo a pesquisa, os modelos reais terão como principal material o aço. Ainda será testado um protótipo da coluna mais próximo do real, por meio do qual será possível medir, por exemplo, as perdas por atrito, o que pretende aprimorar o modelo.

Segundo o engenheiro, há algumas limitações no funcionamento do sistema. "Uma vez que é movido à energia eólica, ele depende das condições dos ventos, e até mesmo dos requisitos dos cata-ventos, que, por sua vez, devem ser instalados próximos ao mar ou a fontes de água. Isso não acontece caso a fonte de energia seja a turbina eólica, de mecanismo diferente do cata-vento. Há portanto a limitação de espaço, já que quanto mais cata-vento, mais potência", aponta Dias.

Mas já imaginando possibilidades de compensar essas limitações, a pesquisa também sugere utilização da chamada bomba clark, que serve como reaproveitadora das energias "perdidas" durante os processos do sistema.

terça-feira, 29 de março de 2011

Pepsi anuncia garrafa de origem 100% vegetal




Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/03/2011
Pepsi anuncia garrafa de origem 100% vegetal
As técnicas de processamento da biomassa permitem a fabricação de uma "garrafa vegetal" virtualmente indistinguível da garrafa PET normal.[Imagem: PepsiCo]

Garrafa vegetal

A empresa PepsiCo anunciou o desenvolvimento da "primeira garrafa de plástico PET feita inteiramente de matérias-primas totalmente renováveis, à base de plantas."

Segundo nota divulgada pela empresa, a garrafa "verde" é 100% reciclável e "supera largamente as tecnologias disponíveis na indústria".

A empresa não divulga informações ou artigos científicos fundamentando a descoberta, citando apenas que o avanço inclui "uma combinação de processos biológicos e químicos".

Esses processos biotecnológicos criam uma estrutura molecular que é idêntica à do PET (polietileno tereftalato) - um plástico à base de petróleo.

A matéria-prima utilizada é a biomassa de milho, pinus e de uma gramínea conhecida como switch grass.


Cultivando garrafas

As técnicas de processamento da biomassa permitem a fabricação de uma "garrafa vegetal" virtualmente indistinguível da garrafa PET normal e com igual capacidade de proteção dos líquidos.

A empresa afirma que as pesquisas prosseguem para a inclusão de outros vegetais na produção da garrafa ecologicamente correta, incluindo cascas de laranja, batata e aveia.

As primeiras garrafas à base de plantas começarão a ser produzidas em escala piloto em 2012. Se os testes forem bem-sucedidos, a empresa planeja passar diretamente à produção em escala comercial.

Dia Mundial da Água: Água potável é raridade em muitas partes do mundo


Escassez da água

O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.

Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo - rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve - a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.

Um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) identificou países em que a demanda por água excede a oferta natural do recurso.

Segundo a organização, os países onde isso acontece fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.

Doce água

No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região.

Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora - por caminhões pipa ou aquedutos, ou através da dessalinização.

Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.

De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem.

Água e população

Mas, a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, mas nas regiões com o maior percentual da população global.

O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial.

Situação que alterem a distribuição de água nessa região - causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água, ameaçam a vida de bilhões.

No leste da Ásia o consumo proporcional é menor - os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.

O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.

Dia Mundial da Água: Tecnologia brasileira produz chuva sem químicos


Chuva limpa

Uma pequena empresa de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que criou uma tecnologia limpa para provocar chuvas, quer o apoio do governo federal para consolidar um modelo nacional de enfrentamento de estiagem e de prevenção de grandes tempestades.

O proprietário da ModClima Pesquisa e Desenvolvimento, o engenheiro Takeshi Imai, de 68 anos, chamou a técnica que ele inventou de modificação consciente do clima e ambiente, daí o nome ModClima.

A tecnologia envolve a "semeadura" de nuvens com água potável borrifada por avião. Essa água, que não tem aditivo químico, se encontra com as gotículas já existentes nas nuvens e provoca a chuva, processo descrito como "colisão-coalescência", que ocorre naturalmente quando há chuva.

Fazendo chover

Atualmente, a ModClima usa um avião bimotor equipado com tanque de 300 litros e bicos móveis nas asas e na cauda que esguicham água.

As nuvens são escolhidas por meio de radares apontados para a região onde se quer criar a precipitação. Se não houver nuvem, não há como provocar chuva. O recorde de chuva provocada registrado por pluviômetro é 60 milímetros.

Em dez anos de funcionamento, a empresa acumula em seu portfólio mais de 600 chuvas em diversos lugares no oeste da Bahia, em Santa Catarina e em São Paulo. A ModClima é contratada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) para fazer chover nos reservatórios dos sistemas de abastecimento Cantareira e Alto Tietê.

Além da época de estiagem, a tecnologia pode ser usada antes de tempestades para diminuir a intensidade das chuvas.

Unidades produtoras de chuva

O Sr. Imai solicitou uma audiência com o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, para apresentar a tecnologia.

Mercadante é um dos ministros que estão à frente do Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais, anunciado pelo governo em janeiro, à época das enchentes e dos desabamentos na região serrana do Rio de Janeiro, por causa das fortes chuvas.

Com o governo federal, a empresa tenta viabilizar a criação de "unidades produtoras de chuva" em áreas extensas com déficit hídrico. "Isso pode evitar incêndios florestais e favorecer a revitalização de nascentes e mananciais", explica Marjorie Imai, diretora da ModClima.

As unidades produtoras de chuva também podem consorciar áreas de proteção ambiental, fazendas e reservatórios e, assim, viabilizar o custo da operação.

A tecnologia foi apresentada recentemente na Alemanha, durante a Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD).

segunda-feira, 28 de março de 2011

DERRAME DO PRESTIGE


Em novembro de 2002, o petroleiro grego Prestige naufragou na costa da Espanha, despejando 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. A sujeira afetou 700 praias e matou mais de 20 mil aves. Em comparação com o Exxon Valdez, a quantidade de óleo derramado foi menor e a biodegradação do produto foi facilitada pelas temperaturas mais altas. Nos meses seguintes ao desastre, o submarino robô Nautile soldou o navio afundado a 3600 metros de profundidade. Mas, como a vigilância diminuiu, os ambientalistas alertam que vazamentos pequenos ainda podem acontecer.