sábado, 27 de fevereiro de 2010

UFC adotará ENEM como forma de ingresso

O Reitor Jesualdo Farias anunciou, em entrevista coletiva concedida no auditório da Casa de José de Alencar, na tarde de hoje, sexta-feira (26), que a Universidade Federal do Ceará adotará o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em substituição ao Vestibular (fase única), como processo seletivo para ingresso de estudantes na instituição. A medida já entra em vigor este ano e a Universidade terá um prazo de 90 dias para se adequar ao novo sistema.

A decisão foi tomada agora à tarde por ato ad referendum, instrumento jurídico previsto no estatuto da UFC, após análise do respaldo político e jurídico pela Administração Superior.

Pela manhã, a reunião do Conselho Universitário – instância máxima deliberativa da Universidade Federal do Ceará – convocada para decidir sobre a proposta de adesão da UFC ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), havia sido suspensa por volta das 9h30min, devido à invasão por um grupo de estudantes.

Na coletiva, o Prof. Jesualdo Farias lembrou que 14 das 15 unidades acadêmicas da UFC manifestaram-se a favor da adesão ao ENEM, assim como 82% dos professores que responderam à consulta realizada pela Associação dos Docentes da UFC (ADUFC). Além disso, destacou que o próprio Conselho de Entidades de Base (CEB) – instância deliberativa do movimento estudantil da universidade – votou pela aprovação da adesão ao ENEM.

Dos 46 membros do Consuni, 39 assinaram a ata da reunião da manhã de hoje. Após a interrupção da reunião, cerca de 80% dos conselheiros enviaram documento ao Reitor solicitando que, usando de instrumento legal, fosse acatada a decisão da comunidade universitária a favor da adoção do ENEM. Em sua fala, o Prof. Jesualdo Farias admitiu que o ENEM é um instrumento que está em processo de aprimoramento, mas destacou que é, no momento, a forma de socializar o ingresso na universidade.

Escolhido para atuar como relator do processo sobre adotar ou não o Exame Nacional do Ensino Médio, o Prof. Ciro Nogueira Filho, Diretor do Campus da UFC em Quixadá, deu seu parecer, no qual foram analisados diversos pontos. Foram tópicos considerados a apreciação da Coordenadoria de Concursos (CCV); consultas ao Ministério da Educação (MEC); Lei de Diretrizes e Bases; parâmetros curriculares nacionais para o Ensino Médio e provas do ENEM já aplicadas.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tumulto adia decisão da UFC de aderir ao Enem.

Manifestantes levaram cartazes, apitos e narizes de palhaço

Confusão, nesta sexta-feira (26), durante encontro do conselho universitário da Universidade Federal do Ceará (UFC). A universidade iria votar sobre a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como critério djavascript:void(0)e ingresso na instituição ao invés do vestibular tradicional, mas estudantes ocuparam o local em protesto.

> Você concorda com a posição dos estudantes? Opine.

Por causa do tumulto, o conselho decidiu suspender a reunião. O reitor Jesualdo Farias, em ato que considerou democrático, permitiu a entrada dos alunos, mas as manifestações impediram as votações.

> Confira imagens da manifestação, além de entrevista com o reitor Jesualdo Farias:

Os estudantes alegam que desde abril do ano passado, quando o Ministério da Educação decidiu pela adesão das notas do Enem nos vestibulares das universidades federais, não houve tempo suficiente para a discussão desse tema.

Ainda não há uma previsão para uma nova data para a votação, muito menos se sabe se os alunos terão novamente acesso ao local onde a votação será marcada. O reitor afirmou que se reunirá com a assessoria jurídica da universidade, para decidir quais atitudes tomar diante do ocorrido.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Enem e a Universidade Federal do Ceará


Em meio a opiniões divergentes dos que acham que já protelou demais e outros que ela está sendo precipitada, a Universidade Federal do Ceará (UFC) marcou para o dia 26 de fevereiro sua tomada de decisão sobre a adesão ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

O atual vestibular encontra poucos defensores, e todos acham que alguma coisa precisa ser feita, mas poucos têm ideias sobre o que fazer. O MEC teve: reformulou seu exame que antes tinha a finalidade de avaliar a qualidade das escolas e o adaptou para medir desempenhos individuais.

O principal objetivo do MEC com a adoção do Enem como forma de acesso ao sistema federal de ensino superior é forçar a reformulação do ensino médio. O Brasil se dá muito mal em avaliações comparativas internacionais ocupando invariavelmente as últimas colocações seja em ciências, matemática ou linguagens. E antes que assumam que estamos falando do ensino público, o Brasil se daria igualmente mal caso a amostra se restringisse aos oriundos das escolas privadas. É o paradigma que prioriza a informação sobre a formação que precisa ser modificado. Nosso estudante lê, mas não interpreta; faz contas, mas não resolve problemas. A preparação para o vestibular se dá através de treinamento com manual de instruções. Educar não é isso. O Enem mede habilidades e competências o que implica que ler, interpretar, contextualizar e raciocinar contam mais do que a lembrança de informações. Neste sentido, o Enem representa um avanço.

Ainda mais complexo, é decidir de que forma adotar o Enem: parcialmente ou como exame único. O exame único traz a vantagem, e também o risco, da universidade participar do Sistema de Seleção Unificada, isto significa que os alunos do Ceará vão poder ocupar vagas em qualquer universidade que adira ao Enem. Em compensação, as vagas da Universidade Federal do Ceará poderão ser ocupadas por alunos de outros estados. Há o receio de que o sistema nacional contribua para formação de ilhas de excelência em torno dos grandes centros, e o Ceará se torne um grande exportador de cérebros.

Mas ainda mais preocupante é o inverso: as vagas de nossas universidades serem ocupadas por alunos oriundos de outros estados. Vejam o que aconteceu com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que participou do sistema em sua primeira edição. Todas as vagas do curso de Medicina foram ocupadas por alunos de outros estados. Para sorte do Amazonas, a Ufam ofertara apenas 50% das vagas para o Enem, deixando a outra metade para o vestibular próprio.

Com estas preocupações em mente, consideramos que reservar apenas parte das vagas para o Enem seria o mais prudente. Isto permite à universidade monitorar os alunos oriundos dos dois sistemas (Enem e Vestibular) quanto a desempenho acadêmico e taxa de evasão, e, dentro de alguns anos, angariar elementos para saber se participar do exame nacional terá sido benéfico.

MARCELINO PEQUENO
Professor do Departamento de Computação da UFC e 1º Secretário da Associação dos Docentes da UFC

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Para entender a nota do Enem


O novo Enem foi aprovado no dia 06 de Abril; e desde então vem causando polêmica. O principal motivo que esta levantando debates é a substituição do antigo vestibular pelo novo Enem em algumas universidades públicas.

O novo Enem será composto por 180 questões de múltipla escola e uma redação. As provas serão aplicadas em dois dias.

Inscrição no novo Enem

O processo de inscrição será exclusivamente pela internet. A taxa de inscrição para estudantes da rede particular será de R$ 35. Os alunos de escolas públicos estão isentos da taxa de inscrição.

Se uma universidade adotar o novo Enem, significa que ela não terá mais vestibular?

Não. Atualmente há quatro formas de adesão das universidades ao novo Enem:

1 – O Enem substituindo o vestibular.
2 – O Enem sendo utilizado apenas como primeira fase do vestibular.
3 – O Enem como processo seletivo para as vagas que sobraram, após o vestibular.
4 – A nota do Enem seria utilizada apenas como parte da nota do vestibular.

Existe uma nota global do Enem?
Não, o Inep não calcula uma média global de desempenho, apenas apresenta as médias separadamente.


A prova do Enem tem cinco notas: uma para cada área de conhecimento avaliada – Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Linguagens e Matemática –, mais a média da redação. Para o cálculo das médias em cada uma das quatro áreas foi utilizada metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), que busca medir o conhecimento a partir do comportamento observado em testes. No caso da redação, os critérios são os mesmos do Enem tradicional.

Para distribuição das vagas no Sistema de Seleção Unificada, do Ministério da Educação, as instituições vão utilizar o conjunto de notas do Enem seguindo critérios específicos de agregação e peso.

Como é calculada a nota do Enem em TRI
Diferentemente de uma prova comum, a nota do Enem em cada área não representa simplesmente a proporção de questões que o estudante acertou na prova. Em cada uma das quatro áreas avaliadas, a média obtida depende, além do número de questões respondidas corretamente, também da dificuldade das questões que se erra e se acerta, e da consistência das respostas. Por isso, pessoas que acertam o mesmo número absoluto de itens podem obter médias de desempenho distintas.

O que representa a nota
Na escala construída para o Enem, dentro de cada uma das áreas avaliadas, a nota 500 representa a média obtida pelos concluintes do ensino médio que realizaram a prova (excluídos os egressos e treineiros). Portanto, quanto mais distante de 500 for a nota do estudante, para cima, maior o desempenho obtido em relação à média dos participantes. Mesmo raciocínio vale para desempenho menor que 500, que aponta desempenho pior em relação ao obtido pela média.

Escala
Os limites da escala, dentro de cada área, variam conforme o nível de dificuldade das questões da prova e o comportamento dos estudantes em cada questão. Portanto, o mínimo e máximo para cada área avaliada não são pré-fixados.

Na prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, a análise TRI apontou que a menor média de proficiência observada foi 263,3. Esse número representa o início da escala para essa área, ou seja, o nível mais baixo de proficiência possível de mensuração pelas questões da prova. A maior proficiência foi 903,2.

Para Ciências Humanas e suas Tecnologias, as notas variam entre 300,0 e 887,0.

Para a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as médias ficam entre 224,3 e 835,6.

No caso de Matemática e suas Tecnologias, as notas vão de 345,9 a 985,1.

Laboratório virtual

O Laboratório Didático Virtual é uma iniciativa da Universidade de São Paulo - USP, atualmente coordenado pela Faculdade de Educação. Nele você vai encontrar simulações feitas pela equipe do LabVirt a partir de roteiros de alunos de ensino médio das escolas da rede pública; links para simulações e sites interessantes encontrados na Internet; exemplos de projetos na seção "projetos educacionais" e respostas de especialistas para questões enviadas através do site.

Link:

http://www.labvirtq.fe.usp.br/appletslistalabvirt2.asp?time=14:35:04

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Cientistas dos EUA desenvolvem maior temperatura da história


Experimento conseguiu calor de 4 trilhões de graus Celsius.
Temperatura é suficiente para derreter prótons e nêutrons.



Cientistas criaram a temperatura mais alta da história em laboratório - 4 trilhões de graus Celsius -, quente o suficiente para desintegrar a matéria e transformá-la no tipo de sopa que existiu milionésimos de segundos depois do nascimento do universo.

Eles usaram um acelerador de partículas gigante do Laboratório Nacional de Brookhaven, do Departamento de Energia dos Estados Unidos, em Nova York, para bater íons de ouro na produção de explosões ultra-quentes, que duraram apenas milésimos de segundos.



Isso, no entanto, foi suficiente para dar aos físicos assunto para anos de estudo, que eles esperam vão ajudar a entender por que e como o universo foi formado.



"Essa temperatura é alta o suficiente para derreter prótons e nêutrons", disse Steven Vigdor, do Brookhaven, em uma entrevista coletiva num encontro da Sociedade Americana de Física, em Washington, nesta segunda-feira 15).



Origem do universo



Essas partículas formam átomos, mas elas próprias são formadas por componentes menores chamados quarks e glúons.



Os físicos buscam agora minúsculas irregularidades capazes de explicar por que a matéria acumulou nessa sopa quente primordial.

Eles também esperam usar seus achados em aplicações mais práticas --como no campo da "spintrônica", que tem como objetivo desenvolver peças de computador menores, mais rápidas e mais potentes.

Eles usaram o Colisor Relativístico de Íons Pesados (RHIC), um acelerador de partículas com 3,8 quilômetros de comprimento e que está a 4 metros abaixo do chão em Upton, em Nova York, para colidir íons de ouro bilhões de vezes.

"O RHIC foi projetado para criar matéria nas temperaturas encontradas inicialmente no universo antigo", disse Vigdor. Eles calculam que a temperatura de 4 trilhões de graus se aproxima muito disso.

O centro do nosso Sol mantém-se a 50 milhões de graus, o ferro derrete a 1.800 graus e a temperatura média do universo é atualmente de 0,7 grau acima do zero absoluto.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Entenda a COP 15


A COP-15, 15ª Conferência das Partes, realizada pela UNFCCC – Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, de 7 a 18 de dezembro DE 2009, em Copenhague (Dinamarca), vem sendo esperada com enorme expectativa por diversos governos, ONGs, empresas e pessoas interessadas em saber como o mundo vai resolver a ameaça do aquecimento global à sobrevivência da civilização humana.
Não é exagero. De acordo com o 4º relatório do IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, órgão que reúne os mais renomados cientistas especializados em clima do mundo, – publicado em 2007, a temperatura da Terra não pode aumentar mais do que 2º C, em relação à era pré-industrial, até o final deste século, ou as alterações climáticas sairão completamente do controle.

Para frear o avanço da temperatura, é necessário reduzir a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, já que são eles os responsáveis por reter mais calor na superfície terrestre. O ideal é que a quantidade de carbono não ultrapassasse os 350ppm, no entanto, já estamos em 387ppm e esse número cresce 2ppm por ano.

Diminuir a emissão de gases de efeito estufa implica modificações profundas no modelo de desenvolvimento econômico e social de cada país, com a redução do uso de combustíveis fósseis, a opção por matrizes energéticas mais limpas e renováveis, o fim do desmatamento e da devastação florestal e a mudança de nossos hábitos de consumo e estilos de vida. Por isso, até agora, os governos têm se mostrado bem menos dispostos a reduzir suas emissões de carbono do que deveriam.

No entanto, se os países não se comprometerem a mudar de atitude, o cenário pode ser desesperador. Correremos um sério risco de ver:
- a floresta amazônica transformada em savana;
- rios com menor vazão e sem peixes;

- uma redução global drástica da produção de alimentos, que já está ocorrendo;
- o derretimento irreversível de geleiras;
- o aumento da elevação do nível do mar, que faria desaparecer cidades costeiras;
- a migração em massa de populações em regiões destruídas pelos eventos climáticos e
- o aumento de doenças tropicais como dengue e malária.

COP-15: É AGORA OU NUNCA!
Apesar de a UNFCCC se reunir anualmente há uma década e meia, com o propósito de encontrar soluções para as mudanças climáticas, este ano, a Conferência das Partes tem importância especial. Há dois anos, desde a COP-13 em Bali (Indonésia), espera-se que, finalmente, desta vez, tenhamos um acordo climático global com metas quantitativas para os países ricos e compromissos de redução de emissões que possam ser mensurados, reportados e verificados para os países em desenvolvimento.

A Convenção vai trabalhar com o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Isso significa que os países industrializados, que começaram a emitir mais cedo e lançam uma quantidade maior de CO2 e outros gases de efeito estufa na atmosfera em função de seu modelo de crescimento econômico, devem arcar com uma parcela maior na conta do corte de carbono. Por isso, a expectativa é de que os países ricos assumam metas de redução de 25% a 40% de seus níveis de emissão em relação ao ano de 1990, até 2020.

Os países em desenvolvimento, por sua vez, se comprometem a reduzir o aumento de suas emissões, fazendo um desvio na curva de crescimento do “business as usual” e optando por um modelo econômico mais verde. É isso o que fará com que Brasil, Índia e China, por exemplo, possam se desenvolver sem impactar o clima, diferentemente do que fizeram os países ricos.

Para mantermos o mínimo controle sobre as consequências do aquecimento global, a concentração global de carbono precisa ser estabilizada até 2017, quando deve começar a cair, chegando a ser 80% menor do que em 1990.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

SE ME RESTASSE MAIS UMA AULA



Texto de Aluísio Cavalcante Jr.

Como seria esta aula?
Eu aprenderia antes de iniciá-la,
O nome de cada aluno.
Observaria o brilho de cada olhar
E o encanto de cada sorriso.
Então a última lição ensinada
Seria cuidadosamente planejada,
Para não apagar de cada aluno
Seu brilho e encanto.

Esta aula falaria de solidariedade, de amizade e respeito.
Falaria de coisas simples e úteis para a vida.
Falaria da responsabilidade de dedicar a lição aprendida,
Para a construção de um mundo de amor, de paz e esperança.

Não se perderia tempo com ensinamentos inúteis.
Com competição e egoísmo.
E ao final dela nos abraçaríamos e sorriríamos.
E escreveríamos poemas sobre o presente.
E iríamos para as ruas
Falar de solidariedade.
E correríamos para as nossas casas
Para abraçar nossas famílias e amigos.

Mas não é preciso esperar a última aula.
Nem tão pouco buscar a justificativa do impossível.
Pois das dificuldades do presente,
Nasce o professor que transforma o mundo.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EUA confirmam etanol como biocombustível avançado




Álcool emiste menos da metade de gases-estufa que gasolina, afirma EPA.
Agência diz que combustível pode contribuir contra efeito estufa.

A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (Environmental Protection Agency, EPA) confirmou nesta quarta-feira (3) que o etanol de cana-de-açúcar é um biocombustível renovável de baixo carbono, que pode contribuir de forma significativa para a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa. O anúncio de hoje, que contém a regulamentação final da lei que define a produção e uso de biocombustíveis nos Estados Unidos (Renewable Fuel Standard, RFS2), também designa o etanol de cana-de-açúcar como biocombustível avançado, capaz de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em pelo menos 50%, quando comparado com a gasolina.

"A decisão da EPA ressalta os muitos benefícios ambientais do etanol de cana e reafirma como este combustível avançado, renovável e de baixo carbono, pode ajudar o mundo a mitigar os efeitos do aquecimento global e ao mesmo tempo diversificar a matriz energética, inclusive nos Estados Unidos", afirmou o representante-chefe da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em Washington, Joel Velasco.

O RFS2 vai ajudar os EUA a alcançar suas metas de segurança energética e de redução de gases de efeito, conforme determina o Ato de Segurança e Independência Energética de 2007 (Energy Security and Independence Act of 2007). As novas regulamentações estabelecem um consumo mínimo de 45 bilhões de litros de biocombustíveis nos EUA em 2010, chegando a pelo menos 136 bilhões de litros em 2022. Dessa quantidade final, quase 80 bilhões de litros por ano devem ser destinados aos três tipos de combustíveis considerados avançados: celulósico, diesel de biomassa, e "outros avançados" - para cumprir os níveis de redução de gases de efeito estufa estipulados pela EPA.

Com o anúncio de hoje, a EPA ratificou que o etanol de cana-de-açúcar se encaixa na "outra categoria" de biocombustíveis avançados, porém com uma redução na emissão de gases de efeito estufa que ultrapassa as exigências mínimas para todas as categorias. Especificamente, o cálculo feito pela agência ambiental mostra que o etanol do Brasil reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 61% comparado com a gasolina, utilizando um prazo de compensação de 30 anos para emissões ligadas a efeitos indiretos do uso da terra (Indirect Land Use Changes - ILUC).

"Estamos satisfeitos que a EPA tenha se esforçado para melhorar as regulamentações, particularmente na quantificação mais precisa do ciclo de vida completo das emissões dos biocombustíveis. A reafirmação da superioridade do etanol de cana na redução de gases de efeito estufa confirma que a produção sustentável de um biocombustível pode ter um papel importante no combate às mudanças climáticas. Talvez este reconhecimento influencie aqueles que buscam levantar barreiras comerciais contra a energia limpa nos EUA e no mundo. O etanol de cana é um biocombustível de primeira geração com um desempenho de terceira geração", apontou Velasco.