terça-feira, 31 de maio de 2011

Bactéria infesta alimentos no norte da Alemanha


As autoridades sanitárias alemãs alertaram na quarta-feira (25) sobre um surto de infecções causado pela bactéria Escherichia coli, que matou pelo menos duas pessoas e deixou outras 214 doentes em Hamburgo, no norte do país.

O ministério da Agricultura (BMELV, na sigla em alemão) recomendou cuidado aos moradores da região norte da Alemanha ao consumirem vegetais crus como pepinos, tomates e alfaces.

Segundo o Instituto Robert Koch, órgão ligado ao ministério e responsável pela prevenção e controle de doenças no país, o subtipo da bactéria é o enterohemorrágico (EHEC, na sigla em inglês).

A Escherichia coli é comum no intestino dos humanos, mas o subtipo EHEC pode trazer anemias e insuficiências renais agudas.

Exemplares da bactéria EHEC, vistos com microscopia eletrônica. (Foto: Manfred Rohde / HZI / Reuters)

Ao contrair a bactéria, os pacientes apresentaram sintomas da síndrome hemolítico-urêmica (HUS, na sigla em inglês). Essa doença é marcada por fortes diarreias com sangue e lesões graves nos rins. A síndrome acontece por uma diminuição no número de plaquetas - estruturas responsáveis pela coagulação no corpo - e pela destruição das células vermelhas (hemácias) no sangue.

A preocupação dos especialistas do instituto está no fato da contaminação ter ocorrido em apenas 15 dias. Comum em crianças, dessa vez a maior parte das infecções ocorreu em mulheres adultas. Durante o ano de 2010, foram apenas 65 casos de contágio pela bactéria, com duas mortes confirmadas.

O instituto ainda informa que a bactéria é resistente a antibióticos fortes como as cefalosporinas de terceira geração, mas este fato não é clinicamente relevante, já que os casos de síndrome hemolítico-urêmica não devem ser tratados com antibióticos.

As autoridades alemãs recomendam o cozimento de verduras por, no mínimo, 10 minutos. A bactéria também pode entrar no organismo pelo consumo de carne crua e leite.

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