segunda-feira, 28 de março de 2011

Cientistas dos EUA detectam rara partícula ao analisar dados do LHC

Cientistas da Universidade de Siracusa, nos Estados Unidos, detectaram uma partícula rara chamada méson B ao analisar os dados do Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), experimento do Centro Europeu para Pesquisas Nucleares (Cern). O estudo a respeito da partícula foi divulgado na revista científica "Physics Letters B" nesta segunda-feira (28).


Os fisicos acreditam que a partícula tenha existido nos primeiros momentos do Universo, logo após o Big Bang. Atualmente, o méson B só consegue ser recriado a partir de colisões de prótons, lançados a altíssimas velocidades em aceleradores de partículas como o LHC.

Com o estudo, os pesquisadores, liderados pelo físico Sheldon Stone, esperam compreender melhor as características da antimatéria - uma espécie de "inverso" da matéria que conhecemos. Um exemplo é o pósitron - tal como um elétron, mas com carga positiva -, sem o qual a tecnologia de exames de tomografia conhecidos como pet scan não seriam possíveis.

Prótons e nêutrons são feitos de unidades chamadas quarks, que também possuem sua versão no mundo da antimatéria: os antiquarks. O méson B nasce a partir da união de um tipo de quark com um tipo de antiquark.

Um dos mistérios que os especialistas buscam resolver é como a antimatéria - teoricamente abundante no início do Universo - deixou de existir com o passar do tempo.

A pesquisa da equipe de Sheldon Stone foi financiada pela Fundação Americana de Ciência (NSF, na sigla em inglês). Ao todo, o grupo recebeu mais de US$ 3,5 milhões para estudar os dados fornecidos pelo acelerador do Cern.

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