segunda-feira, 31 de março de 2008

Biocombustíveis


Biocombustível: O combustível do futuro


Depois de recuperar a confiança dos consumidores brasileiros, graças à multiplicação da frota com motores flexíveis, o etanol verde-amarelo testa seu potencial planetário. Com credencial de campeão mundial de competitividade e capaz de reduzir as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa, é a estrela da safra nacional de biocombustíveis que provoca respeito e temor no mundo.

Para o próximo ano, a projeção do consumo nacional de álcool ultrapassa a casa de 20 bilhões de litros. Em janeiro, torna-se obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao diesel de petróleo, fazendo circular 1 bilhão de litros ao ano. E a produção de H-Bio, o processo desenvolvido para melhorar o diesel tradicional, gerará um consumo de 425 milhões de litros ao ano.

Contando o ávido mercado externo, um mar de dezenas de bilhões de litros dos três tipos de biocombustíveis produzidos no país tornará mais verdes as ruas do planeta.

A nova onda irriga o mercado agrícola, alimenta novas indústrias e ajuda a transformar a matriz energética dos veículos. No ano passado, 13% dos motores eram abastecidos por fontes renováveis - exclusivamente álcool. Até 2020, a estimativa é de que esse percentual quase dobre, alcançando 24%. Para atingir a meta de substituir ao menos 5% do consumo mundial de gasolina por etanol brasileiro até 2025, estudos apontam a necessidade de investimentos anuais de R$ 10 bilhões.

Determinado a enfrentar as pressões internacionais, o Brasil se candidata a assumir na produção dos biocombustíveis um papel tão relevante como o do Oriente Médio na produção de petróleo. Apesar das faíscas de reação que surgem diante do avanço dos planos brasileiros, o apetite dos investidores demonstra que o caminho está aberto e pode ajudar na esperada aceleração do crescimento do país.

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